setembro 7, 2024 22:38

PDT e União Brasil podem ter ‘aliança’, mas candidatos diferentes ao governo do Amazonas 

Apesar do PDT e o União Brasil terem anunciado candidatos próprios ao governo do Amazonas, as siglas podem se aliançar nacionalmente. A informação foi confirmada pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, nesta sexta-feira, 18.

Carlos Lupi disse que as alianças com o União Brasil já estão acontecendo em vários Estados. O pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou que o PDT está conversando com vários partidos do Brasil para ter apoio ao seu nome como a terceira via para presidente.

Ao ser questionado sobre como ficaria a situação do Amazonas, em que os dois partidos têm candidatos próprios ao governo do Amazonas, Wilson Lima pelo União Brasil e Carol Braz pelo PDT, Carlos Lupi explicou que a existência de alianças em vários Estados é natural no processo político.

“Temos união há muito tempo no Ceará, Goiás, Mato Grosso, Bahia e outros Estados. Não é uma nova aproximação, mas não tem nada relacionado com federalização, é coligação. Nós vamos continuar tendo candidato a governador, isso vai acontecer em vários Estados. Aqui nós temos a Carol Braz, candidata a governadora, e o Luiz Castro ao Senado”, ressaltou.

Fontes dos bastidores políticos informaram que uma ala do União Brasil defende chamar o pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, para a rodada de conversas com outros partidos que pretendem lançar nomes para a disputa ao Planalto.

Na última quarta-feira, 16, o presidente do UB, Luciano Bivar, participou de reunião com deputados quando afirmou que Ciro Gomes poderia se sentar à mesa das discussões caso quisesse. Até o momento, União, MDB e PSDB têm mantido conversas sobre uma candidatura única.

 PDT está isolado

Para o cientista político Carlos Santiago, nesta fase da pré-campanha, em que existe a janela partidária, há inúmeras especulações, principalmente, sobre a união das pré-candidaturas, a chamada terceira via. Mas, na sua avaliação, não existe nada além de conversas entre os partidários, que terão até 31 de maio para formalizar as federações partidárias.

“A partir daí, teremos com mais clareza quem poderá disputar as eleições com força e competitividade e também os seus correligionários e grupo político. Por enquanto, o que existe de fato é que o PDT que tem uma candidatura que não avança nas pesquisas e está isolado. Mas, com um desafio enorme de promover alianças políticas e federações partidárias para poder alcançar o coeficiente eleitoral e eleger deputados federais. Senão conseguir eleger um número expressivo de deputados federais, terá dificuldades de crescer”, avaliou.

Amazonas

Carlos Santiago explicou que o PDT é um partido sem representantes com densidade eleitoral. O especialista político explicou que no plano estadual, dentro do contexto do Amazonas, o PDT é um partido “nanico” e sequer elegeu um vereador para a Câmara Municipal de Manaus (CMM). A sigla está sob intervenção do diretório nacional e nem possui uma chapa completa com nomes para disputar as vagas da Assembleia Legislativa do Amazonas e também da Câmara Federal.

“É improvável a aliança do PDT com o União Brasil. No entanto, se acontecer, o governador Wilson Lima certamente sairá fortalecido porque possui a força do cargo de governador e forte influência com o diretório nacional do União Brasil. Já os pré-candidatos recentemente lançados, Ciro Gomes e Carol Braz, terão dificuldades para manter as suas pré-candidaturas, mas tudo isso gira em torno de especulações e articulações. O processo de escolha dos candidatos está somente começando”, enfatizou.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Acervo O Poder

Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins

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