Os deputados federais Capitão Alberto Neto (PL) e Delegado Pablo (UB) não assinaram a nota publicada pela bancada federal do Amazonas contra os ataques de Bolsonaro (PL) à Zona Franca de Manaus (ZFM). O documento foi publicado na noite da última quarta-feira, 20.
“O governo Bolsonaro, por meio do Ministério da Economia, vem desde o princípio de sua gestão atacando o nosso modelo de desenvolvimento econômico, a Zona Franca de Manaus e o seu Polo Industrial. Este modelo exitoso cumpriu e cumpre com seu papel estratégico de ocupação econômica da Amazônia”, criticam.
O documento é assinado pelos senadores Omar Aziz (PSD), Plínio Valério (PSDB) e Eduardo Braga (MDB) e pelos deputados federais Átila Lins (PSD), Bosco Saraiva (SD), José Ricardo (PT), Marcelo Ramos (PSD), Sidney Leite (PSD) e Silas Câmara (Republicanos).
No nota, eles ressaltam que Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser feita pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), e pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Lima deve entrar com Ação ainda nesta sexta-feira, 22.
Os parlamentares também destacam que devido a articulação política, o partido Solidariedade deve entrar com uma ação no STF também.
“Temos compromisso com as centenas de milhares de trabalhadores que estarão sujeitos ao desemprego e à fome, sem qualquer alternativa ao seu sustento, pela inexistência de alternativas econômicas imediatas, que substituam os R$ 140 bilhões gerados pelas atividades do PIM. Um impacto feroz sobre toda a economia do Amazonas. Aumentando a pressão sobre o uso dos recursos da floresta, especialmente a atividade do garimpo ilegal, somando-se ao atual estágio de devastação florestal e seus efeitos negativos, como a crise hídrica, que o Brasil já vive”, escrevem.
Além do desemprego, a bancada amazonense fala que a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) deve ser afetada pelo Decreto e que a crise econômica que poderá ser gerada pela redução pode aumentar a ação de facções criminosas no Amazonas.
O documento na íntegra está aqui.
Priscila Rosas, para O Poder
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