setembro 7, 2024 20:12

Mesa Diretora da Aleam é cobrada por demora na votação do processo contra Joana Darc

Depois de quase dois anos em que a deputada Joana Darc (União Brasil) acusou, na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), 16 deputados de terem vendido seus votos por R$ 200 mil para eleger o presidente da Aleam, Roberto Cidade (União Brasil), o processo por quebra de decoro parlamentar solicitado pela Comissão de Ética da Aleam ainda não foi apresentado para ser votado no plenário pelos deputados.

O deputado Dermilson Chagas (Republicanos) voltou a cobrar a Mesa diretora da Aleam nesta terça-feira, 3, durante o pequeno expediente, sobre a lentidão da tramitação do processo por quebra de decoro contra Joana Darc.

“Quero saber se não vão colocar para ser votado o processo por quebra de decoro parlamentar da deputada Joana Darc, que disse que pagaram R$ 200 mil. Quero que tragam o processo em que a deputada Joana Darc disse que o senhor pagou R$ 200 mil para 16 deputados ‘propineiros’”, alfinetou.

A deputada Joana Darc usou a tribuna minutos depois do discurso de Dermilson Chagas, mas não se manifestou a respeito das declarações do colega sobre o processo por quebra de decoro parlamentar e preferiu abordar outros temas.

‘Palanque político’

Joana Darc afirmou que os deputados não deveriam fazer desse processo palanque político e que, na sua avaliação, a matéria deve seguir o trâmite normal, conforme o Regimento Interno da Aleam. “Eu já pedi desculpas várias vezes e acho que não devo ser crucificada por conta do ocorrido. Naquele momento, houve um acaloramento nas discussões e aconteceu que eu me excedi, mas pedi desculpas e isso já foi totalmente resolvido”, justificou.

‘Jogou beijinhos’

A deputada afirmou, ainda, que somente quem toca nesse assunto do processo por quebra de decoro parlamentar para fazer palanque político é o deputado Dermilson Chagas. “O deputado Dermilson Chagas me chamou no plenário, enquanto eu estava na tribuna, e jogou beijinhos para mim e nem por isso sofreu sequer uma sanção por me desrespeitar enquanto eu falava. O deputado Wilker Barreto também toca nesse assunto. Quando ele era presidente da Câmara Municipal, cortou o meu microfone enquanto eu estava na tribuna, minimizando o meu trabalho. Tem matéria sobre isso e ele sobe na tribuna querendo que eu peça desculpas. Quem é Wilker Barreto que persegue mulheres e chamou eu e a deputada Alessandra Campelo de ‘Maria do Bairro’ no sentido pejorativo? Quem vive fazendo fakenews e tem um processo judicial contra ele, que me perseguiu desde a Câmara. Quem é ele pra falar da deputada Joana? Quem é Dermilson Chagas, que joga beijinhos para a deputada enquanto está na tribuna para falar sobre isso? ”, alfinetou.

Joana Darc afirmou que as atitudes dos deputados não são penalizada, mas querem crucificar uma mulher. “Quando uma mulher se excede, ela tem que ser crucificada. Eu vou arcar com as consequências do meu processo, já assumi o meu erro e pedi desculpas. O que não posso é ficar deixando os deputados Dermilson e Wilker fazerem disso um palco. Eles têm que focar em proposituras e pautas positivas para o Amazonas e não no mandato da deputada Joana Darc. Eu já tive incidentes com eles, que foram machistas e perseguidores do meu mandato”, afirmou.

Provável punição

Sobre a provável punição que pode receber, que vai desde suspensão ou cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar, Joana Darc foi enfática. “Na minha opinião, como é a primeira vez que isso aconteceu e sendo o mandato de uma mulher e por toda situação que eu estava grávida, para mim deveria ter uma pena que não suspendesse ou afetasse o meu mandato. Até porque eu tenho feito entregas e suspender o mandato seria uma pena prejudicial. Então, eu vou confiar na Justiça, que não usarão isso de palanque político. Eu confio que não usarão isso para satisfazer o ego dos meus algozes. Porque os deputados Dermilson e Wilker querem ser os meus algozes e todo dia eles sobem na tribuna para falar de todos os deputados e eles esquecem do processo de cassação nas costas. Às vezes parece que esquecem de todo esse histórico. Quando o Dermilson me jogou beijinhos eu podia ter entrado na Comissão de Ética e não entrei sabe porque, porque isso se resolve na conversa. Quando o Wilker Barreto me chamou de “Maria do Bairro” eu poderia ter entrado na Comissão contra ele e não entrei. Mas basta a mulher errar uma vez numa questão atípica e anormal que eles querem crucificar. Mas a maldade deles não vai prevalecer como nunca prevaleceu. Estou tranquila e fazendo as minhas defesas e vai existir bom senso dos colegas. Já pedi desculpas publicamente e eu reafirmo esses pedidos de desculpas”, ressaltou.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

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