Roraima – De fevereiro de 2021 a março deste ano, o senador Chico Rodrigues (União Brasil) destinou R$ 252.796,00 de verba pública para tentar limpar a imagem após ser flagrado durante operação ‘Desvid’, da Polícia Federal, com R$ 33 mil entre às nádegas.
Conforme levantamento feito pelo O Poder, em 2021 o senador pediu reembolso total de R$ 184.098,00 da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) para serviços de ‘Divulgação da Atividade Parlamentar’. O mês que o parlamentar mais gastou da cota no ano passado foi outubro, quando usou R$ 29 mil.
No total, o senador gastou R$ 387.287,17 do cotão em 2021, sendo que quase R$ 185 mil foram para dar publicidade positiva ao parlamentar.
Já nos três primeiros meses deste ano, Rodrigues usou um R$ 68.698,00 do cotão para fins de publicidade. Neste ano, o mês que o parlamentar mais abusou da verba foi em janeiro, período de recesso parlamentar, quando usou R$ 34 mil.
Conhecido nacionalmente pelo escândalo do dinheiro na cueca, Chico pediu licença e ficou afastado do Senado de 20 de outubro de 2020 a 17 de janeiro de 2021.
Segundo fontes próximas ao parlamentar, o alto gasto com divulgação da atividade parlamentar seria uma estratégia do senador para que o eleitorado roraimense esqueça o episódio. O parlamentar nega envolvimento em quaisquer atos ilícitos.
Indiciado
Ex-líder do governo Bolsonaro no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), foi indiciado pela Polícia Federal por participação em esquema de desvio de recursos destinados ao combate da Covid-19 em Roraima.
Conforme relatório da PF, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador é acusado pelos crimes de peculato, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e embaraço à investigação de organização criminosa.
Desvid
Em operação realizada no dia 14 de outubro de 2020, em Roraima, contra os desvio de recursos públicos para o enfretamento à Covid-19, a Policia Federal apreendeu dinheiro vivo dentro da cueca de Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo Bolsonaro no senado federal.
Deflagrada pela PF e pela CGU ( Controladoria Geral da União ) a operação ‘Desvid-19’, tinha o objetivo de coletar informações sobre os desvios de recursos públicos oriundos de emendas parlamentares.
Cada congressista tem direito a R$ 15 milhões por ano em emendas ao Orçamento da União.
Após o episódio, o senador comunicou que está tranquilo e que acredita na ‘justiça dos homens e na justiça divina’. “Estou tranquilo com o fato ocorrido hoje em minha residência em Boa Vista, capital de Roraima. A PF cumpriu a sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado”, afirmou Rodrigues à época.
Da Redação O Poder
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