O aumento da fome da população do Brasil foi o tema da deputada Alessandra Campêlo (PSC) nesta quinta-feira, 26, durante o pequeno expediente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). De acordo com a parlamentar, atualmente, no Brasil, 36% da população sofre de insegurança alimentar.
“Vale ressaltar que esse índice, em 2010, era de 19% e em 2019 chegou a 30%. Agora, o índice é de 36% apurado. Mais de 70 milhões de brasileiros estão sofrendo de insegurança alimentar. Mas pior do que isso, cerca de 20 milhões de brasileiros estão passando fome. E algo que me preocupa ainda mais, parte dessas famílias são dirigidas exclusivamente por mulheres, famílias uniparentais comandadas por mulheres”, alertou.
A parlamentar afirmou, ainda, que entre as mulheres a fome dói mais porque as famílias dirigidas por elas geralmente é composta por um grupo de crianças que vivem apenas da provisão da mãe ou do que conseguir de programas sociais. “Acredito que isso não é um problema do governo, de um presidente, de um governador ou prefeito, é um problema do país. Temos que dar as mãos na criação de políticas públicas que gerem, principalmente, empregos. Ninguém quer sair de casa pra receber um Auxílio Brasil, um Auxílio Estadual ou uma cesta básica. O sonho das pessoas é sair de casa para poder, com o suor do seu trabalho, garantir o sustento da sua família”, ressaltou.
Na avaliação de Alessandra Campêlo, enquanto o Brasil passa por um período de pós-pandemia e de reaquecimento da economia, é preciso políticas públicas. A deputada ressaltou o programa restaurante Prato Cheio, que já tem quase 30 restaurantes entre a capital e interior para combater a fome.
“Infelizmente, o índice de segurança alimentar só se compara ao Zimbábue, que é um dos países mais pobres do mundo com 80%, mas o Brasil não fica muito atrás. O nosso índice é de 75% e precisamos garantir comida para a população nesse momento e políticas públicas de emprego e renda”, afirmou.
Augusto Costa, para O Poder
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