janeiro 30, 2025 10:44

Gastos com atrações nacionais em São Gabriel da Cachoeira são alvo de inquérito

Os gastos da prefeitura de São Gabriel da Cacheira (a 853 quilômetros de Manaus) com atrações nacionais se tornaram alvos do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A informação consta em publicação do Diário Eletrônico do órgão ministerial dessa segunda-feira, 20.

O inquérito civil apura a suspeita de prática de atos de improbidade administrativa, causado pelo dano ao erário, consistente em malversação do dinheiro público na contratação de atrações nacionais por valores exorbitantes. O ato teria sido praticado pelo prefeito de São Gabriel da Cachoeira, Clóvis Saldanha, e pelo presidente da comissão de licitação da prefeitura, Ariton Lopes.

De acordo com o MPAM, existe a necessidade de apurar e encontrar substrato probatório para ajuizamento de Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa, identificando demais envolvidos e as respectivas responsabilidades.

“A atividade da Administração Pública há de submeter-se integralmente à legalidade, além do dever de orientar-se também pelo princípio constitucional da moralidade administrativa, porquanto a condutas narradas contrariam tais preceitos e enquadram-se nas sanções da Lei n. 8.429/1992”, diz o órgão ministerial.

Para investigar os gastos, o MPAM considerou os indícios de que a prefeitura não detém recursos financeiros suficientes para implementar os serviços básicos de saúde, educação e saneamento, a exemplo do asfaltamento precário, com buracos nas vias, os atrasos na entrega de merenda escolar e ausência de transporte para pacientes que precisam de UTI hospitalar, mesmo assim, faz gastos com atrações musicais.

“Podemos observar a ampla divulgação em portais de notícias acerca das atrações musicais nacionais que se apresentarão no 24° Festival Cultural das Tribos Indígenas do Alto Rio Negro (Festribal 2022), promovido pelo município de São Gabriel da Cachoeira, entre os dias 30 de agosto e 3 de setembro deste ano, cujos gastos apenas com cachês chegam a R$ 690.000,00, produzindo prejuízos ao erário e, em consequência, à população”, disse o promotor.

 

 

Da Redação O Poder

Foto: divulgação

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