A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que 49,7% da população do Amazonas vivem com recursos abaixo da linha da pobreza, repercutiu nesta terça-feira, 2, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O tema foi apresentado pelo deputado Tony Medeiros (PL), que visitou vários municípios do interior e comprovou que as comunidades indígenas são as mais afetadas pela desigualdade econômica e cobrou novas alternativas econômicas para a região.
“Tive a oportunidade do recesso de visitar o nosso estado e os bairros de Manaus e comunidades rurais e tribos indígenas. Mas, o que mais me deixou indignado e ver o que o IBGE já sabe, que mais de 49% da população do Amazonas está vivendo abaixo do nível da pobreza. E a pobreza ainda é maior quando visitamos justamente as aldeias indígenas onde falta o mínimo necessário o básico”, alfinetou.
Tony Medeiros afirmou, ainda, que não entende como um estado tão rico como o Amazonas tem a segunda população mais pobre do país. “Como um estado rico é a segunda população mais pobre desse país. Qual é a justificativa? Pois, temos tantas alternativas econômicas. Essa Casa tem a obrigação de contribuir com esse novo momento e as novas alternativas que podem mudar a realidade. A Zona Franca cumpre a sua função, mas não pode ser a única solução”, ressaltou.
O parlamentar destacou o grande potencial mineral do Amazonas que não pode ser explorado por causa da burocracia ambiental. “Temos que encontrar alternativas para o interior que tem que sobreviver. Com esse potencial gigantesco temos antas leis ambientais que impedem o desenvolvimento. Nosso estado virou área de compensação ambiental de outros estados e falam de preservação e o Amazonas com todos os defeitos têm 96% de área florestal preservada”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo O Poder