julho 7, 2024 06:40

Amazonino Mendes pretende implantar nova matriz econômica para desenvolver o Estado

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O candidato ao governo do Estado, Amazonino Mendes (Cidadania), participou nesta quarta-feira, 10, de entrevista no Programa Manhã de Notícias, da Rádio Tiradentes. Além de afirmar que está firme e forte para disputar mais uma eleição, o ex-governador do Amazonas falou dos seus projetos políticos, caso seja eleito para um quinto mandato.

Entre eles está a implantação de uma nova matriz econômica baseada na exploração do gás natural e fertilizantes. De acordo com o candidato, a proposta pode impulsionar o desenvolvimento do Amazonas.

Ao ser questionado sobre sua declaração de renda na última eleição em 2018, no valor de R$ 3,4 milhões, Amazonino Mendes explicou em detalhes seu patrimônio e fez uma comparação com a fortuna de seu adversário neste pleito, Eduardo Braga (MDB). Em comparação com a fortuna de Amazonino, a do senador equivale a 10% de sua riqueza, segundo o apresentador do programa Manhã de Notícias, Ronaldo Tiradentes.

“Eu sou um homem modesto e que pesa ter governado quatro vezes o Estado, três vezes a Prefeitura de Manaus, fui senador da República, meu forte nunca foi dinheiro. Eu fui um empresário à época em que mais construíram em Manaus. Eu fiz o Village Blac, o Xingu, o Belho Horizonte, Ayapuá, uma porção de conjuntos habitacionais e as pessoas, via de regra, não conhecem e não sabem da minha vida anterior. Tive percalços, altos e baixos e não fiquei devendo a ninguém. Sou um homem fiscalizado pela Receita Federal e, curiosamente, a meu pedido. Foi quando fizeram um estardalhaço porque construí uma casa no Tarumã, muito bonita e arquitetônica e meus inimigos, se aproveitaram para confundir o povo. Eu fui até capa do jornal do Brasil e publicaram a foto deslumbrante, como se eu fosse um ladrão, e eu pedi. Parece que foi o único pedido de um politico no Brasil para ser fiscalizado e pouca gente sabe disso. Fui fiscalizado com seis procedimentos fiscais repetitivos”, justificou.

Amazonino explicou que, depois de toda investigação, foi julgado pelo Tribunal de Contribuintes de Brasília e teve provada sua inocência. No entanto, ficou com a “mancha da calunia”, levantada pelo, à época, deputado Mário Frota. “Resultou a minha inocência absoluta, mas ficou, de qualquer forma, como dizia o velho Valdemar Pedrosa, a calúnia é como um carvão e onde passa tinge. O pessoal do PCdoB fez muita molecagem comigo e ‘me deram’ um castelo na Europa. Temos que falar porque fica um pouco de mágoa e, embora eu seja uma pessoa que não guarda rancor, é impossível esquecer essas maldades” alfinetou.

Em relação às acusações de estar velho para disputar a campanha política e  governar o Amazonas, Amazonino Mendes foi enfático. “O que eu tenho é dizer que eu sou velho, mas não sou velhaco. Muitos deles não são velhos, mas são velhacos. Essa é uma diferença enorme que o povo deve levar em conta. O que adianta eu ser jovem e ser moleque? Safado, irresponsável e incompetente. O que é preferível? Um novo idiota, incompetente, incapaz e cabeça oca, ou um velho sábio e experiente, executor, trabalhador e um homem que discerne e sabe o que fazer?”, questionou.

‘Fundo da rede’

O apresentador questionou Amazonino sobre o motivo de querer ser governador com mais de 80 anos e depois de ter exercido quatro mandatos. O candidato respondeu que não quer ser governador, mas o povo quer e precisa.

“Não foi uma atitude espontânea minha. Eu não podia ficar tranquilo ou deitado no fundo de uma rede. Colocaram para o povo que eu estava imprestável no fundo de uma rede e isso eu acho que não foi correto. Na verdade, eu sou um cara que resolveu ser candidato porque percebi que o povo estava necessitado. Hoje, a Folha de São Paulo nos dá conta que Manaus e a região metropolitana são as piores do país por conta da fome. O IBGE nos dá uma estatística que 2,7 milhões de amazonenses passam fome. No nosso Amazonas, rico em peixes, chegamos a esse ponto”, lamentou.

Terceiro Ciclo

Durante a entrevista, foi relembrado que o governo de Amazonino, de 1994 a 1998, tentou criar uma nova matriz econômica denominada “Terceiro Ciclo”, que recebeu muitos investimentos do governo estadual e não deu certo. “Realmente, eu já enxergava a fragilidade da nossa economia única e exclusivamente dependente de um decreto, uma assinatura. Então, eu já presumia que tínhamos que criar novas matrizes econômicas e o que nos era pertinente à época era o setor primário, levantar as potencialidades. O nosso território é gigantesco e há uma diferença étnica, sociológica e cultural no território amazonense. Os rios da margem direta têm componentes diferentes da margem esquerda. A migração nordestina fez a diferença porque gosta de plantar e tentamos gerar empregos no interior, já que Manaus tinha a Zona Franca”, explicou.

Novas matrizes

Amazonino Mendes afirmou que agora o Amazonas conta com novas matrizes econômicas e citou o potencial do gás natural que precisa ser desenvolvido. “Quero fazer o setor primário de novo e as novas matrizes como as minas de potássio. Penso em levar o gás de um gasoduto de Silves a Itacoatiara e lá fazer uma fábrica de adubos com o potássio, nitrogênio e fosfato. Com a energia promovida pelo gás eu vou transformar Itacoatiara num polo industrial e levar o adubo que o Brasil precisa. A nossa riqueza mineral é muito grande, mas temos que desenvolver a piscicultura”, destacou.

Segurança Pública

O candidato ao governo do Estado também fez um balanço da segurança pública no Amazonas e informou o que pretende fazer para melhorar o sistema no Estado. Amazonino ressaltou o projeto de consultoria com uma empresa dos Estados Unidos, que resolveu a violência na cidade de Cali, na Colômbia. “Acho que foi um crime que fizeram em abandonar essa contratação porque o Rudolph Giuliani, com sua equipe, já tinha demonstrado para todo mundo. O programa custava R$ 5 milhões e jogaram fora esse projeto”, afirmou.

Educação e Saúde

Amazonino relembrou o seu legado na Educação com a criação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e na Saúde, com a construção do hospital 28 de Agosto. “Eu dei acesso à tecnologia e não se comenta. Falam muito que a UEA e a BR-174 (Manaus/Boa Vista) são obras fantásticas. Sou o melhor candidato porque sou bom. Manaus era um canteiro de obras que gera emprego e vou fazer de novo”, concluiu.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Reprodução

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