abril 19, 2025 01:30

Farpas entre Omar e Arthur foram a tônica no primeiro debate entre senadores do AM

A troca de farpas entre o senador Omar Aziz (PSD), que tenta a reeleição, e o candidato Arthur Neto (PSD) foi a tônica do primeiro debate entre os sete candidatos ao Senado pelo Amazonas, realizado nesta segunda-feira, 29, pela rádio BandNews Difusora. Ambos estão oscilando nas primeiras posições das pesquisas eleitorais.

Omar Aziz acusou Arthur Neto de passar 20 anos na vida pública como deputado federal, prefeito e Senador, levando a fábrica da Ford para a Bahia e a Hyundai para Goiânia e não trazer nenhuma fábrica para o Polo Industrial de Manaus (PIM). Arthur rebateu o senador Omar Aziz ao dizer que ele era provinciano e que havia levado as fábricas para a Bahia e Goiânia para ter apoio desses Estados para a Zona Franca de Manaus (ZFM).

Arthur ainda perguntou pelo seu passaporte que, segundo ele, foram aprendidos pela Justiça para que o senador não pudesse sair do país. O tucano também chamou Omar de medíocre pela sua participação na CPI da Covid no Senado Federal.

“O seu mandato foi péssimo e a sua atuação na CPI da Covid foi uma ofensa para as mulheres. O senhor tem sido o miais medíocre e mais despreparado senador que se mandou para lá. Temos muito o que fazer e não basta somente uma resposta para defender a Zona Franca, mas parar o Congresso”, alfinetou.

Na réplica, Omar Aziz insistiu e disse que apenas perguntou ao candidato Arthur Neto qual foi a indústria que ele trouxe para o Amazonas “O senhor foi três vezes deputado federal, ministro e senador da República num mandato de 20 anos e diz que eu fui medíocre. Eu trabalhei pela vida para trazer vacinas para o braço, enfrentei o homem mais poderoso e, no meio da pandemia, vossa excelência não fez nada e enterrou nosso povo em valas. Se teve alguém medíocre, foi o senhor”, afirmou se referindo à época em que Arthur foi prefeito de Manaus.

A polêmica continuou quando Arthur voltou a afirmar que Omar era medíocre, não tinha se vacinado e não tem passaporte porque não pode viajar. “O senhor é um cidadão pela metade e se tiver uma missão internacional, o senhor não pode participar. É um homem pela metade. O que o senhor trouxe para cá? Eu fui escolhido várias vezes entre os três melhores senadores”, rebateu.

Omar ainda teve um direito de resposta aceito pelo departamento jurídico do debate a desafiou Arthur Neto a provar que ele tinha o passaporte confiscado. “Eu fiz uma pergunta simples para o candidato ao Senado, que passou 20 anos com mandato, levou industrias para outros Estados e não trouxe uma para o Amazonas. Ele, para desviar o assunto, traz uma acusação mentirosa. Eu renuncio à minha candidatura se eu tive os meus passaportes aprendidos e vossa senhoria renuncia a sua. Topa ou não topa? O tucunaré morre pela boca. Eu renuncio à minha candidatura e você à sua caso esteja mentindo”, alfinetou.

Início do debate

Mesmo sem ainda ter registrado oficialmente a sua candidatura na Justiça Eleitoral, o candidato Chico Preto (Avante) que tenta registrar a sua candidatura avulsa por intermédio de uma ação na Justiça Federal, foi convidado pela emissora e participou do debate.

Foram convidados os seguintes candidatos: Omar Aziz (PSD), que tenta a reeleição; Arthur Virgílio Neto (PSDB); Coronel Alfredo Menezes (PL); Elissandro Bessa (Solidariedade); Luiz Castro (PDT); Marília Freire (PSol) e Chico Preto (Avante).

O primeiro candidato a fazer a pergunta foi Elissandro Bessa, que sabatinou Chico Preto sobre a Suframa e uma moção de parabenização ao Coronel Menezes, quando foi titular da Suframa. Chico Preto respondeu que o momento do debate era importante para conhecer as propostas.

Na segunda pergunta, foi a vez de Marilia Freire escolher o candidato Omar Aziz para responder sobre violência obstétrica. Omar Aziz citou que no senado tem votado leis rígidas de crimes contra a mulher. “A bancada tem apresentado propostas e temos aprovadas todas”, ressaltou.

Na replica, a candidata Marília Freire falou que está na hora de as mulheres ocuparem os seus lugares e decidirem sobre a saúde. “Entendo que o Amazonas deve ser representado por mulheres”, questionou o senador.

O primeiro bloco de confrontos diretos entre os candidatos foi com temas livres com perguntas diretas. O segundo bloco foi com perguntas dos jornalistas. E o terceiro fechou com as considerações finais.

Luiz Castro perguntou a Bessa sobre propostas para o desenvolvimento social e ambiental do interior. Bessa disse que o interior está no século passado e abandonado. “Tirando algumas cidades, o restante não tem internet e são abandonadas. Falta saúde e se um caboclo do interior machuca uma perna, precisa vir até Manaus e, quando chega, não tem material. Não temos projetos sustentáveis para o interior”, disse.

O debate encerrou com as considerações finais dos sete candidatos, que pediram votos e relembraram a suas principais propostas.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

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