Com duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi chamado de fascista e bandido, o comício do candidato à Presidência da República, Lula (PT), foi marcado por ataques pessoais no ato do “Todos Juntos pelo Amazonas”, na noite desta quarta-feira, 31, no Espaço Via Torres. O evento tinha, aproximadamente, 10 mil pessoas.
Lula foi o último a se manifestar e disse que queria ter uma conversa reflexiva com a população por ter consciência de que, quando foi presidente, os Estados brasileiros foram tratados como nunca foram na história.
“Duvido que qualquer presidente da República tenha colocado a quantidade de dinheiro que coloquei no Amazonas para investimentos e isso vale para os outros Estados. Tenho noção da quantidade de investimentos que foram feitos aqui com o governo do Estado, da quantidade de estudantes que entraram na universidade, das escolas técnicas e faculdades que fizemos no país e a quantidade de portos que a presidente Dilma fez nesse Etado”, destacou.
Acabar com a fome
Lula ainda relembrou projetos de seu governo. “Tenho noção do que foi acabar com a fome nesse país. Eu morei num quarto e cozinha no fundo de um bar com 13 pessoas. Sei o que é uma pessoa ficar em pé no fogão e não ter feijão para o filho comer. Tinha uma obsessão que todos os dias as pessoas tomassem café, almoçar e jantar. Ver seu filho ir para a escola com uma farda e um sapatinho bonito. O cidadão trabalhar sem depender de ninguém e por isso geramos 22 milhões de empregos com carteira assinada. Aumentamos o salário mínimo em 74% e fortalecemos a agricultura familiar”, disse.
Ódio no país
Lula ainda firmou que no momento o pais está vivendo uma vida de ódio e destruição se referindo ao governo Bolsonaro e por isso se candidatou. “Se um tenente do Exercito não tem dignidade de tratar o povo com respeito um metalúrgico vai cuidar. Nós vamos ganhar e criar outra vez o ministério da Mulher e dos Povos originários para que os índios tenham ministério. Queremos apenas respeito e viver bem. Sei que o atual presidente veio a Manaus fazer motociata. “Eu não vim fazer motociata fui visitar a fábrica onde os trabalhadores produzem as motocicletas. É possível a gente consertar o pais e fazer mais universidades e escolas técnicas e o atraso escolar que as nossas crianças foram submetidas com dois anos de pandemia. Quero agradecer o embaixador da Venezuela que mandou oxigênio pra cá apesar dele falarem tão mal da Venezuela. Esse povo vai voltar a trabalhar ter um salário mínino viajar e no fim de semana comer um churrasquinho com uma cervejinha com a sua família. Sei que o povo aqui adora peixe, mas nada substituí a gordurinha de uma picanha com uma cerveja gelada”, relembrou.
O ex-presidente Lula ainda destacou que caso seja eleito vai liberar crédito para o microempresário e que por isso quer voltar porque tem 76 anos e não quer deixar essa vida antes de consertar o pais e o povo brasileiro. “A idade não deixa a gente velho o que deixa e não ter motivação uma causa. A minha causa é dar dignidade a 220 milhões de brasileiros. Quero cuidar desse povo por muitos anos. Do povo da Amazônia, do Nordeste e da periferia que são desrespeitados. Vamos respeitar a nossa floresta e não terá mais garimpo ilegal na Amazônia, desmatamento nesse país e invasão em terras indígenas”, prometeu.
Omar destacou projetos de Lula
O candidato a reeleição ao Senado, Omar Aziz (PSD) também se manifestou e juntamente com o senador Randofe Rodrigues (PT-AP) fizeram várias críticas ao governo Bolsonaro. Omar disse que só foi governador por quatro anos e se colocou no lugar das pessoas e por ter uma filha deficiente criou uma Secretaria para o Deficiente Físico.
“Presidente, eu tenho certeza que na casa em que o senhor nasceu não tinha energia elétrica e o senhor criou o “Luz para Todos”, pra levar energia sabe por que? Porque o Lula quando era criança na casa dele não tinha uma geladeira e ele sabe o que é não ter luz elétrica e ter uma água gelada aqui no Amazonas”, disse.
Omar ainda comparou o governo de Lula com do atual presidente Bolsonaro e disse que essa era a diferença entre Lula e um presidente que somente faz motociatas. “Essa é a diferença e o Brasil pode escolher. Jesus foi crucificado por um conluio entre os judeus e o governo de Roma. Da mesma forma que fizeram um conluio contra Lula por um juiz e o Ministério Público, mas o Lula está aqui. A estrela do PT que brilha é o Lula apesar de tanta maldade contra o homem. “, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
Fotos: Luiza Dantas