julho 7, 2024 06:16

Eduardo Bolsonaro convoca quem tem arma para ser voluntário na campanha do pai

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais nessa segunda-feira, 5, para convocar donos e frequentadores de clubes de tiro e todos que têm armas de fogo — conhecidos como caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) — a se tornarem “voluntários do Bolsonaro”, na campanha pela reeleição do presidente.

“Você comprou arma legal? Tem clube de tiro ou frequenta algum? Então você tem que se transformar num voluntário de Bolsonaro. Peça ao seu candidato a deputado federal adesivos e santinhos do Presidente, distribua. Em SP eu te envio. Acesse e peça👇”, escreveu o filho do presidente da República no Twitter.

Ainda no post, Eduardo Bolsonaro pede para os interessados entrarem em contato com seus candidatos a deputado federal para procurar adesivos ou santinhos contendo número e foto de Bolsonaro, para distribuir.

Ao fim do texto, foi colocado link de outra página da internet, que leva a um formulário em que os interessados devem preencher os dados pessoais, com endereços de e-mail e residencial, entre outros. Ainda no post há uma foto de Jair Bolsonaro em frente a uma TV com reportagem e a legenda “Lula: Não vou liberar decreto para comprar armas”.

Donos e frequentadores de clubes de tiros e os chamados CACs integram a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro. Militar e armamentista convicto, ele cumpriu promessas de campanha com medidas que flexibilizam normas para facilitar o acesso a armas de fogo e a munições no Brasil.

O número de armas registradas no país para caçadores e colecionadores chegou a 1 milhão em agosto. Apenas nos últimos três anos, desde a eleição de Bolsonaro, o número de armas em circulação no Brasil triplicou. Anteriormente, havia 350 mil armamentos em circulação lícita no território nacional. Os dados foram obtidos pela Lei de Acesso à Informação pelos institutos Igarapé e Sou da Paz.

Filho de Bolsonaro fez convocação após Fachin suspender trechos de decretos pró-armas

Eduardo Bolsonaro fez a convocação nas redes sociais pouco após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), citar o risco de violência política na eleição deste ano e determinar a suspensão de trechos de decretos de Jair Bolsonaro que facilitaram a compra e porte de armas.

Entre outros pontos, Fachin derrubou o trecho de um decreto que dispensava a pessoa interessada em adquirir uma arma de fogo de comprovar que realmente precisa dela. A norma atingida pela decisão do ministro estabelecia que, no ato da compra, um dos documentos a serem apresentados é a “declaração de efetiva necessidade”, que consistia em uma autodeclaração.

O decreto definia também que deve ser presumida a veracidade dos fatos e circunstâncias informados no documento, trecho que foi suspenso agora por Fachin.

Maior grupo armado do País, CACs lançaram 34 candidatos e organizam partido
Os CACs se articulam para a partir de 2023 formar uma bancada no Congresso. Em todo o País, há 34 pré-candidaturas a deputado federal, senador e governador de nomes ligados à Associação Proarmas, a mais representativa da classe. Para os legislativos estaduais e distrital, há mais 23 nomes sendo preparados.

Nos planos do maior grupo armado do País também está a criação de um partido político. É a primeira vez que esse agrupamento, que supera todos os policiais militares em quantidade de membros (e em arsenal particular registrado em nome desses PMs), se organiza nos Estados e com o Palácio do Planalto para eleger representantes.

 

 

Com informações de O Tempo

Foto: Reprodução

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