setembro 7, 2024 19:49

RR: Aliados de Denarium vão de investigados por desvios de verbas a condenados por compra de votos

Roraima – Candidato à reeleição pelo PP com discurso de atuar em nome da pátria e de Deus, o governador de Roraima, Antonio Denarium,  ‘conquistou’ o apoio de investigados em esquemas de desvios de verbas e até a condenado por compra de votos.

A base Denarista, segundo fontes, foi formada na base da troca de favores. Enquanto o governador ganha o apoio de um político ‘aqui’, cede diversos cargos comissionados em pastas estratégicas para aliados.

‘Desvio do Cotão’

Hiran Gonçalves, atual deputado federal e candidato ao Senado, é investigado em esquema de desvio de verba da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, o famoso ‘cotão’. De acordo com o inquérito da PF, há suspeitas de um forte esquema de falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O candidato ao Senado tem esposa e filho nomeados por Denarium em pastas do Governo de Roraima, com salários altos.

Praga do Egito

O senador Mecias de Jesus (Republicanos), conhecido nos bastidores por exercer forte influência na Caer, foi condenado pela Justiça Federal por prática de atos de improbidade administrativa, além de ter os direitos políticos suspensos por cinco anos e ter que restituir R$ 1,9 milhão aos cofres públicos.

Mecias foi acusado de participação em esquema de desvio de verbas públicas oriundas de convênios federais, na operação Praga do Egito, que ficou conhecida nacionalmente como ‘Escândalo dos Gafanhotos’. À época deputado, teria incluído pessoas humildes como falsos funcionários do Estado de Roraima.

R$ 33 mil nas nádegas 

Ex-líder do governo Bolsonaro no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), que ganhou fama nacional após ser flagrado com mais de R$ 30 mil nas nádegas em outubro de 2020, foi indiciado pela Polícia Federal por participação em esquema de desvio de recursos destinados ao combate da Covid-19 em Roraima.

Conforme relatório da PF, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador é acusado pelos crimes de peculato, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e embaraço à investigação de organização criminosa.

Lavagem de dinheiro e embaraço às investigações teriam sido caracterizados pela tentativa do senador de esconder o dinheiro em espécie entre as nádegas, segundo a Polícia Federal.

Desvio de verba do Ministério da Educação 

O prefeito do município de Bonfim, Joner Chagas (Republicanos), foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por liderar um esquema de desvio de verbas públicas recebidas do Ministério da Educação (MEC).

Conforme o órgão ministerial, as investigações apontam que Joner direcionava licitações para beneficiar empresas de propriedade da família dele, além de praticar superfaturamento de preços e, também, de não entregar bens e serviços contratados.

‘Escuridão’ 

Renan Filho (SD) foi alvo, em novembro de 2018, da operação Escuridão, deflagrada pela Polícia Federal. A ação investigava desvio de recursos públicos do sistema penitenciário de Roraima em contratos fraudulentos que somam R$ 70 milhões.

Foram presos pela PF Guilherme Campos, filho da então governadora Suely Campos (PP), dois ex-secretários de Justiça e Cidadania, Josué Filho e Ronan Marinho e o dono da empresa Qualigourmet, João Kleber Martins.

Conforme a PF à época, o esquema de desvio de dinheiro aconteceu entre 2015 e 2017. A fraude foi descoberta após um inquérito, instaurado em 2017, apurar irregularidades em contratos de fornecimento de alimentação para presídios em Roraima.

No dia de dezembro de 2019, o deputado foi cassado pelo TRE por compra de votos no pleito de 2018, recorreu da decisão, mas no dia 18 de fevereiro de 2020, o colegiado manteve a decisão.

Corrupção eleitoral 

O deputado estadual Chico Mozart (SD) foi condenado à perda do mandato, além de cinco anos de prisão e multa por corrupção.

De acordo com decisão de 17 de maio de 2021, a juíza da 1ª Zona Eleitoral, Daniella Schirato, o parlamentar deve iniciar a pena em regime semiaberto. A decisão ainda cabia recurso.

“Do exposto e da análise de todo o conjunto probatório dos autos, não se pode negar a prática do crime de corrupção eleitoral pelo réu por, pelo menos, cinco vezes”, destacou trecho da decisão.

A denúncia foi ajuizada pelo Ministério Público Estadual e após investigações comprovarem que Chico Mozart, durante as eleições de 2014, prometeu vantagem aos alunos da Faculdade Roraimense de Ensino Superior (Fares), da qual era sócio, em troca de votos e apoio na campanha para deputado estadual.

Alvo da PF 

O presidente da Câmara de Boa Vista, Genilson Costa (SD), foi um dos alvos da operação Tânatos, deflagrada pela Polícia Federal em abril deste ano. A PF investiga uma organização criminosa dedicada ao tráfico interestadual de drogas.

Genilson Costa, presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, segundo o inquérito policial, atuaria como um possível “colaborador” do grupo, disponibilizando veículos para o transporte das drogas.

No mesmo dia da operação, o vereador Denarista reagiu e garantiu que nada de ilícito foi encontrado na casa dele e nunca cometeu nenhum crime.

 

Da redação 

Foto: Divulgação 

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