O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou na abertura da 77ª reunião da Assembleia Geral da ONU, nos Estados Unidos nesta terça-feira, 20, onde se pronunciou destacando temas voltados para a economia, preservação da Amazônia, combate à pandemia, o conflito na Ucrânia, além de ataques ao ex-presidente Lula (PT). Ao citar o principal adversário, Bolsonaro relembrou casos de corrupção envolvendo a Petrobras durante o governo petista.
Além de fazer o discurso de abertura do evento, Bolsonaro deve se reunir ainda hoje com o secretário Geral da ONU, António Guterres, e também com os presidentes da Polônia e Equador.
Saúde
Em relação à Saúde, Bolsonaro afirmou que durante a pandemia da Covid-19 não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos. “Como tantos outros países concentramos a nossa atenção desde a primeira hora em garantir o auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados. O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a um terço da nossa população. Lançamos um amplo programa de vacinação com produção doméstica de vacinas. Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a Covid-19”, ressaltou.
Economia
Bolsonaro ressaltou um crescimento sustentável e inclusivo que implementa reformas para traçar investimentos e melhorias das condições de vida da população. O mandatário aproveitou o tema para fazer campanha política e acusar o ex-presidente Lula de corrupção.
“No meu governo extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e em desvios chegou a casa dos 170 bilhões de dólares. O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas dos seus acionistas. Esse é o Brasil do passado aprimoramos o serviço público com a diminuição de custos e investimentos em ciência e tecnologia”, alfinetou.
Bolsonaro afirmou, ainda, que, atualmente, o Brasil é o sétimo país mais digitalizado do mundo com 13% milhões de pessoa que acessam mais de 4 mil serviços do seu governo e que o Brasil foi o pioneiro na implantação da tecnologia 5G na América Latina.
“Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos empregos em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer e a pobreza aumentou em todo mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair”, afirmou.
Preservação da Amazônia
Durante o seu discurso, Bolsanaro ainda afirmou que no seu governo a preservação da floresta Amazônica é uma realidade. “Em matéria de meio ambiente e desenvolvimento sustentável o Brasil é parte da solução e referência para o mundo. Dois terços de todo território brasileiro permanecem com vegetação nativa que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto, em 1.500. Na Amazônia brasileira, mais de 80% da floresta permanece intocada, ao contrário do que é divulgado na mídia nacional e internacional”, afirmou.
Por tradição, o Brasil é o primeiro país a se manifestar na reunião da ONU desde 1955. Isso só não aconteceu em duas oportunidades na década de 1980, quando Ronald Reagan era o presidente em 1983 e 1984.
Este foi o quarto discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU. Ao todo, líderes mundiais de 193 países devem se reunir no evento da ONU incluindo o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensk, que participa de maneira virtual.
Augusto Costa para O Poder
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