O prefeito de Rio Preto da Eva (a 80 quilômetros de Manaus), Anderson Sousa (PP), denunciou o presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), prefeito de Manaquiri, Jair Souto (MDB). O motivo é o pedido de suspensão do pagamento de remédios solicitados à Secretaria Estadual de Saúde (SES) no período eleitoral pela entidade para serem repassados para alguns prefeitos do Amazonas.
A denúncia foi feita no programa Manhã no Ar, do radialista Ronaldo Tiradentes, pelo prefeito Anderson Sousa que, nesta quinta-feira, 15, será aclamado o novo presidente da AAM. “Conversando com o secretário estadual de Saúde, Anoar Samad, ele disse que não teve a oportunidade de conversar com o presidente da AAM. Mas eu tenho aqui um pedido para suspender o pagamento dos medicamentos que eu estava fazendo no período eleitoral. A Associação dos Municípios fez o pedido para suspender o pagamento dos medicamentos”, alfinetou Sousa.
Anderson Sousa afirmou, ainda, que de todos os 61 municípios do interior, 28 prefeituras receberam o beneficio. Os demais não receberam porque o Ministério Público pediu para suspender em função do pedido da AAM.
“É um ‘gol contra’ da Associação que prejudicou. Estive com o Anoar e ele ressaltou que é necessário retirar esse pedido porque continua vindo notificação para a secretaria e notificação para o governador Wilson Lima não pagar e o dinheiro está aqui depositado. Falei com o prefeito de Parintins, Bi Garcia, que tem R$ 1,5 milhão para receber para comprar medicamentos, o Beto D’Ângelo (Manacapuru) também e todos eles estão prejudicados porque não estão conseguindo receber o dinheiro porque não foi solicitada a suspensão do processo”, ressaltou.
Expectativas
Em relação ao futuro da AAM, Anderson Sousa que será necessário ter diálogo com os secretários estaduais, governador, ministros e bancada federal do Amazonas. “Tínhamos uma emenda que era colocada à disposição da entidade, que podia distribuir de forma igualitária, pelo critério do FPM, a todos os municípios. Nós tínhamos ali uma cota especifica para cada município e os deputados e senadores aprovavam esta emenda impositiva para a Associação. É com a emenda que o senador Omar Aziz colocou como impositiva para a AM-010 (Manaus/Itacoatiara), no valor de R$ 220 milhões. Podíamos ter uma emenda dessas para o interior e nós distribuirmos para a Saúde, Educação, Assistência Social e não fazemos isso porque não existe a presença da entidade. Não temos presença no Conselho da Suframa. Não temos presença no CAF, que é o Conselho de Articulação Federativa, em Brasília”, lamentou.
Durante a entrevista, Anderson Souza também falou sobre outras expectativas na AAM. “Temos nove calhas dos rios e, por isso, temos os vice-presidentes para que possamos fazer um Plano de Ação para apresentar ao governo do Estado. Mas nós precisamos estar junto com os colegas prefeitos, que estarão nas vice-presidências identificando esses pontos e debatermos com o governo”, destacou.
Augusto Costa, para O Poder
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