O atual presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), sentiu “na pele” o peso da polêmica sobre o “puxadinho” de quase R$ 32 milhões da Casa Legislativa. O projeto não saiu do papel mas fez com que o vereador sofresse derrotas na opinião pública e na Justiça.
O parlamentar revogou, suspendeu e evitou publicar Diários Oficiais durante alguns dias de 2021 até que a polêmica do “puxadinho” perdesse forças. Em relação à administração do Parlamento, David Reis suspendeu processos licitatórios um dia depois de publicar.
Em outubro do ano passado, o vereador assinou um Aviso de Licitação para registro de preços para eventual fornecimento de sinalização e afins, medalhas, placas comemorativas e outras honrarias para atender as necessidades da CMM. Um dia depois, a licitação foi suspensa por “necessidade de adequação ao Termo de Referência”.
No fim de setembro do mesmo ano, Reis chegou a anular um pregão e revogar outro. O parlamentar também desistiu da ideia de alugar 41 carros para uso das comissões, tornando o processo “sem efeito” após a polêmica envolvendo a licitação. A Casa Legislativa também passou dias sem publicar Diários Oficiais.
David Reis adotou esse ‘modus operandi’ quando a opinião pública voltou-se contra sua gestão no legislativo municipal. À época, o Portal O Poder chegou a questionar o vereador mas não obteve resposta da comunicação do Parlamento.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
Foto: Robervaldo Rocha/CMM