Com o anúncio do pagamento do abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) pelo governo do Amazonas na última quarta-feira, 21, os professores do interior podem ter um alívio financeiro. Porém, alguns prefeitos demoram a pagar a quantia mesmo que seja determinado por Lei ou esperam serem denunciados à Justiça para que realizem o pagamento.
Em 2021, o Portal o Poder fez uma série de matérias denunciando prefeitos do interior que não tinham realizado o pagamento do Fundeb. Por exemplo, em Nova Olinda do Norte, comandada pelo prefeito Adenilson Reis (MDB), os profissionais da Educação ficaram sem abono. De acordo com o gestor, o motivo foi a Lei Complementar 173. Ele também reduziu salários e só pagou o 13º após protesto da categoria.
Já o prefeito de Parintins, Bi Garcia (União Brasil), foi cobrado nas redes sociais pelo pagamento do Fundeb no ano passado. Ele chegou a falar com a equipe do Portal O Poder que iria anunciar a data.
O Portal O Poder também noticiou que em São Gabriel da Cachoeira, o prefeito Clóvis Moreira, conhecido como “Curubão”, não tinha pago o abono aos funcionários da Educação. À época, ele foi denunciado pelo vereador Dieck Diógenes (Podemos).
A falta de pagamento do Fundeb foi o que motivou o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade (União Brasil), a entrar com uma ação contra o prefeito de Borba, Simão Peixoto (PP). O gestor chegou a ameaçar os professores com “porrada” caso fossem cobrar o pagamento.
Na Aleam, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) era tido como um dos parlamentares mais envolvidos na fiscalização dos prefeitos do interior em relação ao pagamento do Fundeb. Porém, ele não foi eleito e os próximos quatro anos ainda são considerados uma incógnita nesse quesito.
O Portal O Poder procurou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) para saber se haverá fiscalização para evitar que os prefeitos do interior atrasem ou não paguem o Fundeb, mas até a publicação desta matéria, o questionamento não foi respondido.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro/Portal O Poder