O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e pode colocar dois ministérios à escolha da parlamentar, terceira colocada na disputa presidencial e apoiadora do petista no segundo turno. As opções são Planejamento ou Meio Ambiente.
A interlocutores, Tebet havia citado a vontade de ocupar a pasta do Desenvolvimento Social, que na quinta-feira (23) foi designada para o ex-governador e senador eleito Wellington Dias (PT-PI), que atuou diariamente no Congresso para viabilizar a manutenção dos R$ 600 do futuro Bolsa Família com adicional de R$ 150 por criança de até 5 anos.
A definição das pastas a serem oferecidas a Tebet foi acertada em reunião com a cúpula do MDB.
O partido dá como certo que a senadora será ministra, a não ser que se recuse a ser indicada para essas pastas. Além disso, a sigla conta com um indicado da Câmara e outro do Senado, totalizando três ministérios.
Na área ambiental, um empecilho apontado pela senadora a aliados é que se sentiria “tomando espaço” da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), que apoiou Lula desde o primeiro turno e é internacionalmente reconhecida no setor. A alternativa para conciliar esse caminho seria a indicação de Marina para a futura Autoridade Climática.
Caso vingue a alternativa para o Planejamento, Tebet serviria como “fiadora” do governo Lula junto ao mercado financeiro e a agentes econômicos – parte significativa do empresariado apoiou a candidata do MDB no primeiro turno e, a partir da mobilização da parlamentar, aderiu a Lula na disputa final contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Da Redação, com informações da CNN Brasil
Foto: Nelson Almeida/AFP