Fernando Haddad que toma posse na manhã desta segunda-feira, 2, como ministro da Fazenda, fez críticas duras a seu antecessor, Paulo Guedes, assim como a Jair Bolsonaro e seu vice-presidente Hamilton Mourão. Em seu discurso no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), ele disse que a pasta não deve temer a política e o diálogo e que não haverá bala de prata em sua gestão.
Haddad, no entanto, abriu sua fala dizendo que as medidas adotadas pelo seu antecessor antes da eleição do ano passado “não apenas contrariaram o bom senso e a recomendação de técnicos da Economia – foram deliberadamente irresponsáveis”. Ele não citou nomes de quais seriam essas propostas mas prometeu que, caso ainda seja o ministro em 2026, iria fazer uma transição “muito diferente daquela que foi feita”.
Ele também criticou os decretos que tiraram mais de R$ 5 bilhões em arrecadação tributária a dois dias do final do mandato. “Esses são os patriotas que deixam o poder”, ironizou – e o decreto deve ser derrubado pelo novo governo.
O economista ainda disse que se compromete a enviar, no primeiro semestre, uma nova âncora fiscal em substituição ao teto de gastos. A proposta no entanto, foi autorizada pela PEC da Gastança, aprovada pouco antes do natal.
Ainda durante a cerimônia, Haddad deve apresentar os nomes de sua equipe econômica – que misturará nomes como o banqueiro Gabriel Galipolo (secretário-executivo) e egressos de sua experiência como prefeito de São Paulo.
Com informações de O Antagonista
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