novembro 17, 2024 02:22

Prefeituras devem responder levantamento do TCE sobre vagas na educação infantil 

Os prefeitos e gestores dos 62 municípios do Amazonas devem responder o levantamento do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) que visa diagnosticar  a demanda por vagas em creches e pré-escolas,atendidas ou não,  para o ano letivo de 2023.  

A ausência de ofertas de vagas não é por falta de dinheiro. Em janeiro, o Portal O Poder mostrou que os municípios amazonenses receberam uma boa quantia no repasse do Governo Federal para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). No top 10, a capital Manaus tem R$ 1,3 bilhão, o maior valor. Depois dela, aparecem as cidades de Manacapuru, Parintins, Tabatinga, Tefé, Itacoatiara, Manicoré, Maués e Iranduba e Coari.  

O objetivo do levantamento da Corte de Contas é entender o cenário para 2023, com um diagnóstico atual da demanda reprimida, proporcionando, assim, a real necessidade para o atendimento à educação infantil em cada município. Com este entendimento, será possível planejar e auxiliar ações que contribuam para a oferta adequada de vagas. 

O TCE-AM não divulgou possíveis penalidades para os gestores que deixarem de responder o levantamento. 

Formulários individuais 

Em 20 de dezembro de 2022, a Corte divulgou a Nota Técnica nº 02/2022-DEAE/SECEX recomendando a realização do diagnóstico e o envio de resposta ao TCE-AM até o último dia do primeiro mês do ano letivo de 2023 ou até 30 dia abril de 2023.

No período de 23 a 28 de dezembro de 2022, os gestores municipais (Prefeituras, Assessorias e Secretaria de Educação) receberam por meio de e-mails o link de acesso ao formulário eletrônico para respostas de forma virtual. Neste link constam as orientações necessárias para o preenchimento e envio da resposta de cada município ao TCE-AM. O período de resposta levou em conta a realidade das redes municipais de ensino, cujo período escolar varia de município para município.

“Cada formulário é individual, portanto é preciso que os gestores identifiquem na caixa de e-mails das suas respectivas prefeituras e secretarias o link que foi enviado. Caso não seja possível identificar esse e-mail específico, os gestores podem entrar em contato conosco para que possamos enviar um novo e-mail”, orienta o chefe do Departamento de Auditoria em Educação (Deae), Júlio Viana. 

Para auxiliar os gestores, a Secretaria de Controle Externo (Secex) disponibilizou o telefone para contato (92) 3646-7697 e o e-mail [email protected] que podem ser utilizados para tirar dúvidas ou até mesmo para pedir um reenvio do link para preenchimento do levantamento, caso o gestor tenha dificuldade de encontrar o e-mail originalmente enviado anteriormente.

Dados recentes negativos

A oferta de vagas para educação infantil é a meta número 1 do PNE, cuja aferição nacional é realizada por meio de ciclos de monitoramento a cada dois anos. Os resultados mais recentes, de 2019, apontam que o Amazonas apresentou índices baixíssimos na cobertura de crianças, de zero a três anos, matriculadas em escolas, com apenas 14,1%, enquanto a média nacional é de 37%.

Já observando os dados do último Censo Escolar Anual, de 2021, as matrículas e escolas do Amazonas chamam atenção por reforçar a necessidade de espaços escolares adequados, como creches, para crianças nessa faixa etária. De acordo com os dados, o estado tem um déficit de atendimento de 95,3% para crianças de 0 a 3 anos, e 54,4% para crianças de 4 e 5 anos.

 

Priscila Rosas, para Portal O Poder com informações do TCE-AM

Ilustração: Neto Ribeiro/Portal O Poder 

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