O Brasil fechou o ano passado na 12ª colocação no ranking da economia mundial em valores correntes, de acordo com projeções selecionadas pela Austin Rating. Pelo valor do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil empata com o Irã, que foi beneficiado pela alta no preço do petróleo.
O cálculo sobre a economia brasileira está baseado no valor corrente do PIB, divulgado na quinta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para as 15 principais economias globais. Em 2022, o Brasil cresceu 2,9%, com valor corrente em moeda local chegando a R$ 9,9 trilhões.
A estimativa é de que Brasil e Irã respondam, cada um, por cerca de 2% do PIB global do ano. Completam a lista México, Coreia do Sul e Austrália.
Em primeiro lugar no topo da lista, lideram o ranking das maiores economias os Estados Unidos (que responde por 25% do PIB global) e a China (18% do PIB global). Em seguida aparecem Japão e Alemanha, cada um com 4% do PIB mundial em valores correntes.
As 15 maiores economia da lista respondem, sozinhas, por 75% do PIB global.
Brasil de volta ao “meio’ do ranking
Existem outras formas de comparar as economias, como em dólar paridade de compra, com menor efeito das variações cambiais. Mesmo assim, de modo geral, Alex Agostini, da Austin Rating, afirma que o Brasil voltou a ocupar o seu lugar tradicional no “meio” do ranking, como já vem acontecendo em trimestres anteriores. No inicio dos anos 2010, o país chegou a superar o Reino Unido como sexta maior economia do mundo, mas o crescimento baixo dos anos seguintes e seguidas crises fizeram o crescimento médio continuar em patamar baixo.
“O Brasil cresce mais ou menos como países desenvolvidos, entre 2% e 2,5% ao ano”, afirma Agostini.
A previsão é que países emergentes cresçam em média na casa dos 4% nos próximos anos, enquanto economias já avançadas crescem menos. Mas o Brasil deve seguir com ritmo de crescimento menor, embora ainda seja uma economia emergente: entre 2023 e 2027, a projeção média do FMI é que o Brasil cresça 1,6% ao ano, patamar similar aos dos EUA e de economias europeias.
Lideram a lista do maior crescimento médio projetado a Índia (6,5% ao ano até 2027) e as Filipinas (5,8% ao ano). Ainda assim, para 2023, apesar de crescimento menor do PIB do que os 2,9% vistos em 2022, o Brasil deve pular para 10ª economia do mundo segundo as projeções até agora, em meio à desaceleração das demais economias globais com alta nos juros.
No trimestre, crescimento do Brasil é o 34º do mundo
Na comparação entre as variações das economias no último trimestre, o Brasil ficou na 34ª posição dentre 47 economias listadas pela Austin. Embora tenha crescido 2,9% no ano, o PIB brasileiro teve retração de 0,2% no quarto trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior, com a desaceleração de serviços, queda na indústria e crescimento ainda fraco do agro.
Já na variação anual, com a alta registrada de 2,9% no PIB, o Brasil ficou na 28ª posição dentre as economias que mais cresceram em 2022. Lideram esse ranking a Arábia Saudita e a Colômbia.
Da Redação, com informações de Exame
Foto: Reprodução