O deputado federal Silas Câmara (Republicanos) está na mira da justiça mais uma vez e pode ter o diploma das últimas eleições (2022) cassado sob a justificativa de ter cometido crime eleitoral.
E a decisão, pela manutenção ou não do cargo de deputado federal, pode vir já nos próximos dias. O parlamentar tem dois processos em trâmite contra ele na Justiça Eleitoral.
O processo de Silas Câmara, inscrito sob o número 0602548-60.2022.6.04.0000, tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e tem como relator o desembargador Kon Tsih Wang. Aqui, o deputado responde por captação ou gasto ilícito de recursos financeiros durante a campanha eleitoral de 2022.
A representação por captação ou gasto ilícito de recursos em campanha eleitoral tem como motivação inconsistência nas informações de voos fretados que constam na prestação de contas.
Na ocasião, Silas Câmara apresentou gastos de R$ 396,5 mil com fretamento de aeronaves. Além do valor, chamou atenção do Ministério Público Eleitoral (MPE) a forma como estes alugueis foram utilizados.
Cruzando a prestação de contas de Silas com notas fiscais, documento dos voos e diário de bordo dos pilotos, o MPE detectou várias inconsistências.
Ao responder à Justiça Eleitoral, a defesa do parlamentar apresentou justificativas para os pontos indicados como inconsistentes, alegando “que as referidas falhas verificadas na prestação de contas em comento são meramente formais e não indicam que houve abuso de poder econômico ou fraude ao processo eleitoral”.
Já no processo de número 06022059-23.2022.6.04.0000, de relatoria do juiz federal Marcelo Pires Soares, Silas precisa esclarecer pontos sobre a prestação de contas da campanha, também do ano passado.
Ambos os processos tiveram movimentação nos últimos dias.
Em outubro passado, Silas recebeu mais de 125.068 mil votos, sendo reeleito para o sexto mandato na Câmara Federal.
Da Redação O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro, Portal O Poder