O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu a aplicação do juiz de garantias, mecanismo previsto no pacote anticrime sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019, e criticou o senador Sergio Moro (União-PR) e o deputado cassado Deltan Dallagnol. A medida determina que o magistrado responsável pela sentença não é o mesmo que analisa as cautelares durante o processo criminal.
A implementação do mecanismo está suspensa desde 2020 por ordem de Luiz Fux, relator da medida no STF. A análise do tema foi retomada na Corte e gerou discussão entre Gilmar e o colega nesta quinta (22).
“O que se está oferecendo ao Brasil é a chance de uma fuga para frente, de não repetir mais esse modelo Moro, Dallagnol, força-tarefa, Bretas. Dá asco, dá nojo. Alguém é capaz de subescrever isso, alguém diz que esse é um bom modelo?”, afirmou Gilmar em entrevista ao UOL.
O mecanismo foi criado no pacote anticrime, sancionado pelo então presidente Bolsonaro em dezembro de 2019. A proposta foi elaborada após as revelações da Vaza Jato, que mostrou o conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol.
Moro era contrário à ideia mesmo após assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
Foto: Reprodução