Roraima – Após denúncia do advogado Marco Vicenzo, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou auditoria em todos contratos celebrados pela Secretaria de Saúde de Roraima (SESAU) por suspeita de irregularidades. O presidente do Tribunal, Bruno Dantas, submeteu o documento a apreciação em Plenário na sessão de quinta-feira, 5, e foi aprovado.
Em comunicado aos ministros e à procuradora-geral, Cristina Machado, o presidente destacou ter chegado ao conhecimento dele relatos de possíveis falhas de gestão e irregularidades na aplicação de recursos destinados às ações e serviços públicos de saúde do Estado de Roraima.
“Pesquisando nos sistemas do TCU, é possível identificar diversos processos que visam apurar irregularidades na Secretaria de Saúde do referido estado”, disse.
A denúncia contra o governador Antonio Denarium e a secretária de Saúde, Cecília Lorenzon, foi enviada ao TCU em maio deste ano pelo advogado Marco Vicenzo. No documento, o advogado pede inspeção nos contratos da Saúde. Para o embasamento, o advogado, que inclusive já ingressou com uma ação pedindo a cassação do governador de Roraima, fez um levantamento rigoroso no Portal da Transparência do Governo do Estado.
No ‘pente fino’, Vicenzo constatou que, em apenas um ano da gestão de Antonio Denarium, Roraima recebeu mais de R$ 4 bilhões do Governo Federal. Para a atenção especializada à Saúde em procedimentos de média e alta complexidade, a União destinou mais de R$ 110 milhões. Além disso, Vicenzo destaca que Cecília Lorenzon, em menos de um ano, enquanto firmou mais de 740 contratos que ultrapassam R$ 370 milhões, grande parte sem licitação sequer.
O advogado sustenta, ainda, que existem inúmeras denúncias de crimes e atos de improbidade protocoladas aos órgãos de controle e fiscalização do Estado, notícias-crimes nos departamentos de investigação da Polícia Civil, Controladoria Geral, Tribunal de Contas Estadual (TCE), Ministério Público de Contas (MPC), Ministério Público do Estado (MP) e na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Contudo, embora diversos indícios, o advogado alega que o Antonio Denarium não tomou nenhum providência.
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