Mesmo com as recentes mudanças no que tange a destinação das emendas parlamentares, elas ainda têm sido comumente usadas como instrumento de barganha por políticos.
Com discurso que ora à cartilha dos bons costumes, se colocando contra o que chama de “velha política”, o senador Plínio Valério (PSDB) tem usado suas verbas para conquistar espaços políticos no estado.
Só para o município de Manacapuru, de 2019 a 2023, por exemplo, o senador liberou R$ 27.405.131. Veja:
Do montante total, R$ 12 milhões foram destinados em 2022 para a Secretaria de Assistência Social de Manacapuru que, à época, era comandada pelo pastor Rosinaldo Moura, exonerado em junho deste ano e preso por suspeita de assédio e importunação sexual contra ex-funcionárias.
Coube ao ‘irmão’ do prefeito Beto D’Ângelo (MDB), Adanor Porto, a administração da pasta social. No entanto, segundo diz o Portal O Ajuricaba, Adanor usa o cargo na tentativa de se capitalizar politicamente e de fazer da secretaria apenas como um trampolim político.
Ainda de acordo com a reportagem, como a emenda de Plínio caiu na época em que Rosinaldo foi preso, há quem diga que o ex-secretário tenha sido envolvido em um jogo sujo de gente que está disposta a tudo para não perder o poder. E mais: há rumores de que Rosinaldo faça uma delação ampla e atinja pessoas ligadas à Adanor.
Com a denúncia, espera-se que o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) fiscalize a real aplicação das emendas de Plínio a Manacapuru. Isto porque há rumores de que a verba venha a ser usada nas eleições municipais de 2024.
Da Redação O Poder, com informações do Portal O Ajuricaba
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