julho 7, 2024 05:37

Além do próprio governador, base de Denarium tem dois prefeitos cassados e outros na mira da PF

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Roraima – O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), conta com um grupo de robusto de aliados envolvidos em polêmicas. A base vai de prefeitos aliados cassados por crimes eleitorais a outros como alvo de investigações conduzidas pela Polícia Federal.

Iniciando pelo que ganhou holofotes recentemente, o prefeito de Alto Alegre, Pedro Henrique Machado (PSD), está preso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Machado é alvo da operação Leviatã, deflagrada no dia 29 de agosto, que investiga um esquema de corrupção relacionado ao desvio de recurso com fraudes em licitação e pagamento de propina.

Outro que voltou a ser notícia negativa este semana é o prefeito de São Luiz, James Batista. O gestor teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE) devido ao abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2020.

As acusações contra James Batista envolvem a distribuição de cestas básicas, dinheiro e viagens para idosos que faziam parte de um programa social municipal. As viagens, totalmente financiadas e promovidas usando a imagem pessoal de James, tiveram como destinos Presidente Figueiredo, no Amazonas, Tepequém, em Roraima, e Alter do Chão, conhecido como o “Caribe Brasileiro”, no Pará.

Máquina pública usada em campanha 

Em agosto de 2021, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato do prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, que é filiado ao Republicanos, em Roraima comandado pelo senador Mecias de Jesus, um dos principais aliados de Denarium.

Torquato é acusado de distribuir cestas básicas antes da pré-campanha 2020. Além disso, o TRE também cassou o mandato do vice-prefeito Simeão Oliveira (PV). Segundo a acusação, eles utilizaram a prefeitura para promover a própria imagem. A prática é proibida. Conforme a Justiça Eleitoral, prefeito e vice distribuíram cestas básicas, kits de higiene, combustível, fogões, ventiladores e batedeiras.

Contagium

Em julho deste ano, a Polícia Federal (PF) indiciou o prefeito de Rorainópolis, Leandro Pereira (SD), e outras nove pessoas por suspeita de participação em uma esquema de desvio de R$ 4 milhões por meio de licitação de itens de combate à Covid-19.  Entre elas, seis servidores da própria prefeitura em 2020 e três empresários.

Em 2021, Polícia Federal deflagrou a Operação Contagium com o objetivo de apurar a atuação da organização criminosa que teria envolvimento com fraude e superfaturamento no uso de recursos federais para o combate da COVID-19 no município de Rorainópolis.

A investigação teve início em novembro de 2020, com o recebimento de denúncia anônima, que noticiava o desvio de recursos públicos federais por meio de pagamento de fatura emitida pela empresa beneficiária de dispensa de licitação sem a entrega da mercadoria.

Desvio

Em junho de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o prefeito do município de Bonfim, Joner Chagas (Republicanos), à Justiça Federal por fraudes em licitações e desvio de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Conforme o órgão ministerial, o prefeito teria feito o pagamento de R$ 210 mil a uma empresa de transporte para atender alunos da Escola Vovó Corina, unidade de ensino que não existe há mais de 14 anos.

O fato consta na mesma denúncia do MPF em que o prefeito é acusado de liderar um esquema de desvio de verbas públicas recebidas do Ministério da Educação (MEC). O caso veio à tona nesta semana com repercussão nacional.

 

Foto: Divulgação  

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