Um sol para cada um. Esta é a sensação dos últimos dias em todo o país. Mas, segundo estudos divulgados recentemente pelo jornal The Washington Post e pela ONG CarbonPlan, essa onda de calor tende a piorar e Manaus será uma das cidades mais quentes do mundo, em 2050.
O aquecimento global vem elevando as temperaturas do mundo e ligando um sinal de alerta em prol de medidas urgentes para conter os danos na atmosfera. A gestão adequada dos resíduos nas cidades é uma das medidas fundamentais nesse processo.
Isso porque o dióxido de carbono (CO2) e metano, por exemplo, prendem o calor do sol na atmosfera da Terra. Os dois são gases de efeito estufa que, sem tratamento, contribuem para o aquecimento global, principalmente o metano, que é 27 vezes mais nocivo ao meio ambiente que o CO2. Essas emissões vêm da queima de combustíveis e da decomposição do lixo. Esse é um problema de locais não adequados para destinação dos resíduos.
Diferentemente dos lixões, a nova geração de aterros sanitários, chamados de Centros de Tratamento e Transformação de Resíduos (CTTR), são construídos estrategicamente para receber, tratar e transformar devidamente o lixo, evitando a contaminação do solo, da água e do ar. Sendo assim, os subprodutos do lixo, como chorume e gases tóxicos, são tratados, diminuindo os efeitos nocivos ao meio ambiente.
“A redução das emissões de gases nocivos é uma meta global e nós abraçamos esse compromisso diariamente implantando novas tecnologias em nossas operações. Queremos levar essa inovação a outras cidades, como Manaus, para que possamos ampliar esses benefícios”, explica Hugo Nery, presidente da Marquise Ambiental, uma das maiores empresas de serviços e soluções ambientais do país, e que já opera um Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos no Ceará e na Bahia.
Como funciona um Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos
Este tipo de equipamento é projetado em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010 e contam com tecnologias já aplicadas e comprovadas no tratamento de resíduos.
O solo é impermeabilizado com uma cobertura de argila compactada e mantas sintéticas de PEAD bi texturizadas de 2mm de espessura ensaiadas em laboratórios credenciados, garantindo que não haja qualquer fuga de chorume para abaixo da base, resguardando tanto o solo como o lençol freático.
Além disso, o centro realiza a captação e tratamento do chorume, que é altamente contaminante, por meio de diversas técnicas, entre elas, a de osmose reversa, utilizando equipamentos de última geração, que incluem inteligência artificial. A água desmineralizada resultante desse tratamento fica livre de qualquer componente nocivo ao meio ambiente. Ele pode ser utilizado para umectação de vias de acessos internos e externos ao equipamento, bem como pode ser utilizada para lavagem de veículos utilizados na operação do CTTR., gerando benefícios ambientais concretos nesse processo.
“Os Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos são soluções de engenharia ambiental dentre as melhores e mais seguras no mundo para a total proteção do meio ambiente em todos os aspectos a serem preservados, quer sejam as águas superficiais, as águas profundas, o solo, as florestas, a fauna e todo o meio socioambiental de interface”, explica Luis Sérgio Kaimoto, projetista especialista nesse tipo de empreendimento, consultor do Banco Mundial e docente da CETESB.
Os Centros de Tratamento e Transformação de Resíduos também agregam tecnologias de aproveitamento e reciclagem de material, evitando o desperdício de milhões de reais que antes eram perdidos ao serem enterrados. “Estamos vivendo na era do aproveitamento de resíduos, não de desperdício. Não à toa que o equipamento tem esse nome, já que, além de tratar, transforma os materiais para novos usos. Os benefícios são concretos e Manaus merece um CTTR desse padrão”, finaliza Nery.
Da Redação com informações da assessoria
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