outubro 10, 2024 04:51

‘Dama do tráfico’ diz que ‘direita’ usa narrativa fictícia para prejudicar seu trabalho social

Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson Farias, o ‘Tio Patinhas’, tido como um dos líderes da facção Comando Vermelho no Amazonas, tem estampado a capa de portais e jornais de todo país com a alcunha de ‘dama do tráfico’, em alusão ao crime pelo qual seu marido cumpre pena no sistema prisional do estado.

A referência, segundo o Estadão, também está relacionada ao fato de Luciane já ter um voto favorável à sua condenação por lavagem de dinheiro e manipulação de recursos financeiros oriundos de facções criminosas.

Luciane nega e diz ser inocente. Ela alega que se tornou alvo de polêmica na última semana, quando fotos de visitas dela ao Ministério da Justiça foram replicadas, por uma narrativa da ‘direita’ que busca perseguição política e que não enxerga o trabalho social que desenvolve entre os presos e egressos do sistema carcerário.

“O fato de eu ser casada com uma pessoa que cumpre pena no sistema prisional não me faz ter essa alcunha. Isso é uma perseguição política. Estão usando a minha imagem e meu nome para atacar o governo e eu não compactuo com isso”, defendeu-se, alegando ainda estar sofrendo “extremo” constrangimento pelo apelido recebido.

Luciane, em entrevista ao programa Meio Dia com Jefferson Coronel, falou ainda sobre a mídia a chamar de “condenada” e destacou que o processo que ela responde ainda não foi transitado em julgado para que ela seja criminalizada por algum ato.

“Até que se prove o contrário, sou inocente”, frisou.

Luciane destacou que o Instituto que preside é mantido por meio de doações e frisou que nunca usou dinheiro ilícito. Segundo ela, nem mesmo verba oriunda do tráfico de drogas executado pelo marido.

Visitas ao Ministério da Justiça

Luciane nega ter quais contatos – e-mails ou telefones – de secretários e/ou ministros do Governo Federal. Ela confirmou que em uma de suas visitas viu, de longe, o ministro Flávio Dino, titular da pasta, mas ressaltou que nunca conversou com ele.

Luciane contou que as visitas foram articuladas por uma terceira pessoa, que a ajudou a montar o Instituto Liberdade, uma associação que ajuda familiares, internos e egressos do sistema prisional.

Inclusive, Luciane contou que a ida a Brasília teve o intuito de entregar um dossiê feito pelo departamento jurídico da associação “com informação de familiares que a procuraram pedindo socorro” pelo tratamento dispensando aos apenados das cadeias do Amazonas.

Ela, que também aparece em imagens com outros parlamentares, disse que esteve na Câmara Federal no intuito de encontrar alguém que “abraçasse sua pauta”.

“Estão acusando o homem injustamente. Reitero que não fui tratar de pauta pessoal ou do meu marido, mas da minha instituição”, disse.

 

Da Redação O Poder

Foto:Reprodução

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