novembro 21, 2024 20:36

Terminal de cargas do Aeroporto de Manaus pode expandir

Representantes do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), empresas de logística aérea e a Vinci Airports, concessionária operadora do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, se reuniram na última terça-feira, 6, na sede do Cieam, em busca de soluções para os desafios logísticos enfrentados pelo Polo Industrial de Manaus (PIM). O aeroporto é o terceiro maior terminal de cargas do Brasil.

O evento ocorre em meio aos impactos da estiagem de 2023 no Amazonas, que afetou significativamente o setor industrial, gerando custos extras de pelo menos R$ 1,4 bilhão para o PIM. Diante dessa conjuntura, a busca por alternativas logísticas, especialmente por meio de empresas aéreas, tornou-se uma prioridade para garantir o fluxo de insumos e a distribuição de produtos.

O presidente da Comissão de Logística do Cieam, Augusto Rocha, enfatizou o potencial do Aeroporto de Manaus como um possível concentrador de voos não apenas para o Norte do Brasil, mas para toda a região Norte da América do Sul. Rocha destacou que o aeroporto pode ser um elemento crucial para impulsionar o desenvolvimento do Estado, desde que haja uma pauta de expansão das cargas aéreas e redução de custos para a indústria.

Thiago Brandão, gerente da Vinci Airports, ressaltou que o Aeroporto de Manaus é o terceiro maior terminal de cargas do Brasil, movimentando 120 mil toneladas em 2023, sendo 84% desse volume composto por matéria-prima importada da Ásia.

Segundo o SIMMMEM, durante a reunião, foram discutidas diversas alternativas para a expansão logística, incluindo ajustes governamentais para atrair mais empresas aéreas e agilizar a autorização de novos voos, bem como a criação de um centro de distribuição de cargas em Manaus para agilizar a entrada de importações no país. Outra proposta foi utilizar o Aeroporto de Manaus como ponto estratégico para abastecer países vizinhos, como Colômbia, Peru, Equador e Venezuela, além de transformá-lo em um centro de armazenamento e distribuição para empresas de e-commerce.

No entanto, um dos desafios centrais identificados foi o aumento das taxas de logística aérea, que têm impactado diretamente os custos das movimentações de mercadorias importadas. A Vinci está promovendo consultas públicas para esclarecer a nova formação de preços dos serviços aeroportuários de carga.

O presidente da Cieam, Lúcio Flávio, ressaltou a necessidade de ações coordenadas entre entidades públicas e privadas para consolidar o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes como um player estratégico na movimentação de cargas na América do Sul.

 

Da Redação com informações do Aeroin

Foto: Divulgação

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