Nesta quarta-feira, 3, a base de David Almeida (Avante) sofreu mais uma derrota na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Por 19 votos contra 18, o pedido de urgência na tramitação do Projeto de Lei do Executivo Municipal que concede reajuste de apenas 1,25% para os professores da rede municipal foi rejeitado no plenário e seguirá o rito normal na Casa Legislativa.
De acordo com o texto da proposta, um professor com 20 horas semanais de trabalho e dois anos de experiência teria o aumento em R$ 30,61. Por causa do aumento mínimo, houve muita discussão entre os parlamentares na sessão.
“Eu quero pedir, simplesmente, a reação deste parlamento para que a gente possa ter mais tempo e discutir qual seja o melhor índice de reajuste para os professores”, disse Marcelo Serafim (PSB) que também pediu para o vereador Professor Samuel (PL) reagir por ter vindo da educação e não ter “amarras” na análise do projeto.
“O reajuste que está sendo dado é corretivo. Não está acontecendo aumento, está acontecendo um reajuste. As pessoas têm que entender isso”, justificou o Professor Samuel.
Os professores presentes no plenário chamaram o vereador Professor Samuel de “traidor da educação” e o vereador Gilmar Nascimento (Avante) de “vendido” por apoiar o projeto. Sassá da Construção Civil, que é da base, saiu do plenário falando que não ia votar contra os trabalhadores.
Na última segunda-feira, 1º, o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) realizou um ato público em frente à CMM. O sindicato denunciou as propostas do Executivo Municipal, destacando promessas não cumpridas como a realização de concursos públicos e o pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Veja como votou cada vereador:
Priscila Rosas, para Portal O Poder
Foto: Divulgação/Dicom