novembro 21, 2024 23:27

Sem estrutura, Funasa deve fazer falta ao Amazonas durante a estiagem

A falta de reestruturação, modernização e até orçamento do Governo Federal na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) pode fazer falta ao Amazonas durante a severa estiagem, prevista para acontecer esse ano. Recentemente, conforme divulgou o Portal O Poder, o senador Dr. Hiran (PP-RR) cobrou, no Senado, o governo Lula pelo descaso com a instituição tão importante para a Amazônia.

Na avaliação dos deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), a Funasa tem um papel fundamental de atendimento nas pequenas cidades nas áreas de saneamento básico, saúde indígena e combate as doenças causadas por insetos.

O deputado Adjuto Afonso (União Brasil) falou com exclusividade ao Portal O Poder, sobre a importância da Funasa, principalmente no período da estiagem que sempre castiga a população ribeirinha nos municípios do interior do estado.

“A Funasa, que antes tinha um outro nome, já foi muito importante e prestou um grande serviço principalmente no interior quando combatia os vírus causados por mosquitos. Depois que foi transformada em Funasa ficou com o objetivo principal é a questão de recursos para saneamento nos municípios com recursos do governo federal junto as prefeituras. Não sei se hoje ela tem orçamento para atender os municípios principalmente com água”, destacou.

Sobre a possibilidade de uma estiagem que, este ano, pode prejudicar ainda mais o Amazonas, Adjuto Afonso foi enfático ao falar sobre a importância da Funasa. “Não tenho dúvida com essa estiagem se ela estiver em plena atividade principalmente nessas áreas onde se pode levar água, junto com a prefeitura cavar poços artesianos será importante. Mas, temos que saber se eles tem recursos para isso”, comentou.

Já na avaliação do deputado Dan Câmara (Podemos), decorrente das emergências climáticas que estamos vivenciando, e a estiagem severa já anunciada e em processo, não será uma única ou isolada ação de órgãos que implicam em levar qualidade de vida à população que evitará ou mitigará as sérias consequências que comprometerão a normalidade da rotina do povo amazonense.

“Faz-se necessário uma ação integrada e bem articulada de todas as esferas de governo por intermédio das estruturas competentes a fim de planejar e desenvolver planos de ações integradas e oferta de serviços e soluções que visem a qualidade de vida da população diretamente impactada pelas consequências da estiagem. A Fundação Nacional de Saúde, órgão do Ministério da Saúde, é uma das instituições do Governo Federal responsável em promover a inclusão social por meio de ações de saneamento para prevenção e controle de doenças”, afirmou.

Dan Câmara afirmou ainda que os nossos cidadãos que vivem em lugares mais distantes sofrem com a falta de água potável, seja para beber e cozinhar, seja para a outros fins, não há como não pensar em ações de saneamento, inclusive para o não comprometimento do lençol freático e dos poços artesianos.

“Vou falar do Amazonas, que é o estado onde vivo e ao qual dedico o meu trabalho. É difícil um cidadão que não vivência a experiência de Amazônia ter noção da grandeza da nossa região, grandeza que também se espelha nas dificuldades, nos desafios. Temos índices muito ruins de saneamento e saúde básica e a presença da Funasa com ações, projetos e programas em favor da população, se possível em sintonia com as prefeituras, poderia fazer grande diferença. E quando falo isso eu imagino o ribeirinho e o morador da comunidade rural como o principal público alvo, e não apenas as pessoas que moram na sede dos municípios”, enfatizou.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Ilustração: Neto Ribeiro

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