A Band News Difusora realizou na manhã desta segunda-feira, 19, o debate entre os candidatos a vice-prefeito de Manaus. Os participantes, cada um seu momento, aproveitaram a chance para atacar a atual administração, ao ressaltarem o descaso sentido pela população em diferentes áreas.
Todos os candidatos a vice foram convidados, mas nem todos marcaram presença na emissora, o que prejudicou o andamento do encontro. A vice de Amom Mandel (Cidadania), Nancy Segadilha (Cidadania), não participou por problemas de saúde. Coronel Menezes (Progressistas), vice de Roberto Cidade (União Brasil), informou que não compareceu por conta de compromissos assumidos anteriormente. Renato Júnior (Avante) afirmou que apenas o majoritário, David Almeida (Avante), participará de debates.
No primeiro bloco do debate, Luiz Castro (PDT), vice de Marcelo Ramos (PT), afirmou que a figura do vice não é decorativa e está à disposição do majoritário para, com experiência melhorar Manaus. Professora Renata (Mobiliza), vice de Wilker Barreto (Mobiliza), destacou que o vice é um parceiro e precisa ter conhecimento. Maria do Carmo Seffair (Novo), vice de Alberto Neto (PL), reforçou que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Damiana Amorim (PSTU), vice de Gilberto Vasconcelos (PSTU), é militante do movimento social e vai lutar por causas que o poder público não valoriza.
Questionamentos
Já no segundo bloco, de perguntas entre os candidatos, Damiana Amorim questionou à Professora Renata sobre projetos para moradia em Manaus. A vice de Wilker Barreto respondeu que haverá investimentos, embora o orçamento público de Manaus esteja defasado até por uso sem responsabilidade e desperdício de tintas em diferentes pontos da capital.
Já Damiana foi questionada por Luiz Castro se a saúde pública do município terá planos de melhoria, se Gilberto Vasconcelos for eleito. A candidata afirmou que terá ampliação de toda a rede de saúde municipal, com cobertura de 100% da população, além da valorização dos servidores públicos, com reajustes salariais.
Na réplica, Luiz Castro criticou a atual gestão municipal. O candidato a vice informou que a crise na saúde é sistêmica e que a melhoria, em caso de vitória de Marcelo Ramos, é algo concreto para todos.
Luiz Castro foi questionado por Maria do Carmo Seffair se os índices da educação municipal serão melhorados, caso Marcelo Ramos seja eleito. Ao responder, Castro relembrou que o governo federal investiu na educação de Manaus, mas nada foi feito até agora. Portanto, a situação de pobreza das escolas da capital amazonense acabará com mais valorização dos servidores, além de mais agentes para segurança nas unidades de ensino.
Por sua vez, Maria do Carmo Seffair foi questionada por Professora Renata sobre as propostas para as Pessoas Com Deficiência (PCDs). Em sua resposta, a vice de Alberto Neto falou que inclusão deveria ser algo natural, pois em suas empresas, PCDs são valorizados e seguem em pleno andamento no mercado de trabalho.
Mas, de acordo com a empresária, Manaus não está preparada para a inclusão. Prova disso, é a falta de uma boa estrutura para calçadas, por exemplo. Portanto, haverá naturalidade e acolhimento para os PCDs.
Na réplica, Professora Renata informou que, em caso de vitória de Wilker Barreto, será criada a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência em parceria com todas as pastas municipais, que tornará a inclusão uma realidade em Manaus.
Em tréplica, Seffair enfatizou que há “um mundo de fantasia”. Para a candidata à vice-prefeitura de Manaus, é preciso implementar políticas que funcionem e promessas que, de fato, serão cumpridas.
Meio ambiente, mobilidade urbana, transparência, fome
Na sequência, foi realizado o bloco com perguntas feitas por jornalistas. O primeiro sorteado foi Luiz Castro, para falar sobre meio ambiente. Para o candidato, a questão de saneamento e mudança climática estão em pauta. “Vamos cuidar do ambiente e da saúde humana, para melhorar a qualidade de vida, e recuperar áreas de risco. Além disso, vamos desenvolver projetos de impacto, para diminuir e evitar danos da seca e da fumaça”, afirmou Castro ao lamentar a ausência, principalmente, de Renato Júnior, que é candidato a vice do atual prefeito, e de Coronel Menezes, que é vice de Roberto Cidade, que faz parte da base do governo.
Maria do Carmo Seffair, que comentou a resposta de Castro, enfatizou que há vários anos são feitas as mesmas promessas. “Quem não fez, não vai fazer”, disse.
Sobre mobilidade urbana, Professora Renata destacou que Manaus não tem um sistema adequado para transporte coletivo. Haverá, segundo a candidata, o uso efetivo de celular para saber onde está o ônibus, compra de crédito, além de melhoria da frota e de vias que hoje são “gargalos” no trânsito local.
Em seu comentário, Damiana enfatizou que é necessário uma empresa que valorize os trabalhadores do transporte coletivo, que é um dos problemas mais sérios enfrentados pela população. Motoristas e cobradores precisam de mais segurança e garantia de manutenção de seus empregos.
Sobre transparência, Damiana Amorim afirmou que Gilberto Vasconcelos vai administrar com os governos populares. Dessa maneira, a população terá acesso a tudo que a gestão municipal está fazendo e evitará absurdos com mau uso de verbas públicas.
Professora Renata reforçou que há irresponsabilidade e má execução dos recursos públicos atualmente. Haverá revisão de contratos e de recursos para garantir os serviços essenciais à população.
Para o combate à fome, Maria do Carmo Seffair enfatizou que há muitas críticas feitas à direita. O ideal, de acordo com a candidata, é criar políticas públicas que nunca foram elaboradas por administrações incompetentes.
Luiz Castro relembrou que Marcelo Ramos garantiu a ampliação do programa Prato Cheio. Portanto, haverá programas de combate à fome, inclusive nas escolas que, muitas vezes, não têm alimentação adequada em casa.
Também houve questionamentos sobre habitação, infraestrutura e saneamento básico. As perguntas deveriam ter sido respondidas, de acordo com as regras da emissora, pelos candidatos sorteados que não estavam presentes no debate.
Da Redação