setembro 17, 2024 14:03

Em sucessivas eleições, ‘forças estranhas’ tentam causar clima de terror

Campanhas eleitorais alimentam-se de narrativas, sejam elas positivas ou negativas. No Amazonas, eleições após eleições cria-se um discurso com destaque para os problemas enfrentados nas áreas de Segurança, Saúde e Educação. Porém, a intenção por trás não é para a resolução de problemas e sim para colocar em dúvida nas gestões, no intuito de fazer com que os eleitores “comprem” quem oferece o caminho mais fácil para a solução e não se leva em consideração que a maior parte das promessas são feitas de forma rasa, apenas para agradar o público. Os problemas nessas áreas são complexos e multifatoriais e exigem também soluções complexas e multifatoriais.

Nas últimas semanas, estamos vivenciando manifestações mais incisivas que tem similaridades com outros movimentos, sempre ocorridos no período eleitoral. Os personagens até mudam, mas o modo como são feitas são sempre iguais. Eles suscitam desconfiança por quem trabalha no meio por causa de sua natureza. Um exemplo prático são os incêndios em Manaus. No interior do estado, eles acontecem na parte florestal, mas na capital amazonense, eles acontecem em locais estratégicos além de serem criminosos. São movimentações para endossar que as gestões passam por dificuldades e são ineficazes. Um discurso muito comum no cotidiano amazonense mas que são fomentadas, de maneira negativa, durante a campanha eleitoral.

É claro e óbvio, qualquer manifestação popular é legítima e verdadeira, relata um problema pontual dentro de uma outra problemática social mais complexa. Seja familiares de uma criança morta por bala perdida pedindo mais segurança, seja denúncia em hospitais ou escolas pedindo mais infraestrutura, entre tantos outros motivos, as manifestações são verdadeiras e fazem parte do rol de direitos de qualquer cidadão amazonense. Mas, alimentar a indignação popular para depois aproveitar-se dela para cumprir o seu objetivo político foge do fairplay que deveria ter nas eleições e que é prezada pelas leis de nosso país. Será que provocar um clima de tensão e estimular discursos de ódio e indignação popular seria o melhor caminho para chegar ao coração e a mente do eleitor durante a campanha e conquistar esse suado voto? 

Os eleitores têm observado que alguns acontecimentos não são tão naturais e parecem movimentos para “forçar a barra” contra algum desafeto político. O trabalho durante a campanha é árduo, de fato, mas nenhum grupo político ou candidato precisa ser desleal com a população aproveitando-se de uma dor social, provocando um clima de instabilidade entre os próprios eleitores e fomentando discursos de ódio.

 

Da Redação

Foto: Divulgação

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