O segundo turno das eleições municipais de Manaus trouxe à tona um dado curioso e polêmico: o prefeito David Almeida, candidato à reeleição, obteve 85% dos votos válidos nas seções eleitorais do Complexo Penitenciário do Puraquequara, somando 30 votos contra apenas 6 do seu oponente, Capitão Alberto Neto. Esse apoio expressivo entre os detentos acende discussões sobre as preferências políticas da população carcerária e levanta questionamentos sobre o histórico do prefeito, que já enfrentou alegações de ligações com facções criminosas, como o Comando Vermelho.
No passado, David Almeida foi alvo de acusações de ter conexões com o Comando Vermelho, embora ele sempre tenha negado as acusações. Contudo, o apoio majoritário no sistema penitenciário reacende a pauta de um suposto envolvimento, gerando repercussão entre analistas políticos e causando inquietação entre os eleitores. Muitos acreditam que essa situação demanda uma investigação aprofundada sobre as influências políticas na cidade.
Esse apoio maciço dos detentos ocorre em um momento delicado para David Almeida, cuja administração já enfrentou várias investigações e denúncias relacionadas a práticas questionáveis. A votação expressiva entre os presos, que geralmente representam uma pequena fração do eleitorado, se destaca como um ponto de atenção e exige esclarecimento das autoridades para evitar especulações sobre possíveis acordos de bastidores ou influências indevidas.
A sociedade civil e os órgãos de fiscalização agora aguardam uma resposta oficial do prefeito sobre essa votação, especialmente considerando o impacto dessa situação na percepção pública. A ligação entre políticos e facções criminosas é uma preocupação central para a integridade das eleições e a segurança pública de Manaus, reforçando a importância de transparência e fiscalização rigorosa nesse contexto.
Veja abaixo como foi a votação em cada seção da 68ª zona eleitoral no local de votação Complexo Penitenciário do Puraquequara:
Com informações do G1