abril 18, 2025 22:59

Disputa pelo quinto constitucional ‘pega fogo’ com acusações

A disputa pela vaga do quinto constitucional do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira, 16. O advogado Charles Garcia acusa a também advogada Adriane Magalhães de extorsão. 

“Há cerca de 15 dias venho sendo vítima de extorsão por parte da advogada Adriane Magalhães, que se utiliza de uma ex-funcionária de meu escritório profissional para ganhar dinheiro ilicitamente e alavancar sua candidatura à vaga de desembargadora, reservada à OAB-AM, no TJAM, em futuro próximo”, escreveu em nota nas suas redes sociais. 

Segundo o advogado, se ele não pagasse R$ 500 mil para silenciar uma suposta vítima de assédio, Adriane fabricaria um escândalo. Ainda de acordo com o relato dele, outras pessoas próximas, como a esposa, também sofreram chantagem nesses últimos dias. 

Conforme a nota, Charles não cedeu à extorsão e optou por levar o caso ao conhecimento da Polícia Civil. Ele informou que entregou à autoridade policial a cópia de gravações com a voz da advogada Adriane Magalhães pressionando a fazer um acordo financeiro para evitar a divulgação do crime a qual está sendo acusado. O advogado ainda se defendeu falando que os fatos são mentirosos. 

“Aos meus amigos e colegas advogados  provarei que estou sendo vítima da deslealdade profissional de uma colega, a qual, repito, busca o cargo de desembargadora tripudiando sobre a honra de outro colega. Confio na Polícia Civil do meu estado. Confio na Justiça do Amazonas. A verdade prevalecerá”, ressaltou Charles. 

Adriane diz que houve crime em escritório jurídico

Mais cedo, Adriane Magalhães publicou um vídeo nas redes sociais explicando o caso, com detalhes, sem citar nomes. Ela também convocou a imprensa para uma coletiva a ser realizada às 17h sobre o fato. No aviso foi citado o nome do advogado. 

Segundo Adriane, a antiga recepcionista do escritório jurídico de Charles Garcia sofreu assédio sexual, atos libidinosos e estupro por, pelo menos, três vezes. Além disso, ela exercia atividades além do contratado, era submetida a situações vexatórias e sofreu ameaças. Ao denunciar a situação no local de trabalho, como represália, a funcionária foi demitida. Ainda de acordo com Adriane, às 17h, a vítima iria falar com seus seguidores dando detalhes do caso.

“Aqui fica um apelo para cada uma de vocês: não se calem, denunciem esses agressores, esses estupradores, que assim a justiça será feita”, disse, finalizando o vídeo. 

A advogada não rebateu a nota divulgada por Charles, mas publicou nos stories de sua rede social o Boletim de Ocorrência (B.O) feito pela vítima no dia 7 de abril com detalhes da violência sofrida.  

 

Priscila Rosas, para Portal O Poder

Foto: Neto Ribeiro/Portal O Poder

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