junho 12, 2025 18:19

Interrogatórios correram ‘dentro do esperado’ e fortaleceram denúncia, avaliam ministros do STF e investigadores

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e investigadores ouvidos pela TV Globo avaliam que os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista, realizados na segunda-feira, 9, e na terça-feira, 10, não trouxeram fatos novos e ocorreram dentro do esperado.

A avaliação é de que, os acusados tentaram se descolar dos crimes, mas acabaram admitindo a presença nas reuniões em que, segundo a Procuradoria-Geral da República, foi discutida a chamada “minuta do golpe”.

Os acusados também fizeram referências considerando — a parte introdutória do documento golpista, que seria usada para “justificar” as medidas antidemocráticas. Com isso, a análise feita reservadamente é de que os fatos expostos na denúncia acabaram “fortalecidos”.

Os réus negaram ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que tenham tratado de medidas golpistas nesses encontros. Mas, para os investigadores, há elementos que confirmam as tratativas, como depoimentos de testemunhas, além de anotações e mensagens que seriam desdobramentos das negociações.

Com o fim dos interrogatórios dos réus, a ação penal da trama golpista avança para as últimas etapas no Supremo. Agora, o ministro, Alexandre de Moraes, relator do caso, abriu prazo para que advogados dos réus e a própria Procuradoria-Geral da República indiquem, em cinco dias, se há necessidade de novas diligências.

Os pedidos podem ser acolhidos ou rejeitados, impactando o andamento do caso. Na sequência desta etapa, Moraes também deve abrir prazo para as alegações finais, os quais são as últimas considerações das partes antes do julgamento que vai decidir se Bolsonaro e sete aliados próximos serão absolvidos ou condenados no processo.

Nesta fase, os advogados colocam suas principais teses para tentar convencer cada ministro sobre a sua linha de defesa. 

 

Da Redação, com informações de G1

Foto: Antonio Augusto/STF

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