dezembro 2, 2025 14:10

Roberto Cidade inaugura na Aleam um dos maiores centros de atendimento a pessoas com TEA do país

Pai atípico, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), inaugurou, nesta terça-feira, 2, o Centro de Inclusão Sensorial Dr. Hamilton Cidade, um dos maiores espaços da região Norte especializados no atendimento a pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA), Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Síndrome de Down e outros transtornos neurodivergentes. O espaço funciona nas dependências da Aleam.

“É dessa forma que a gente faz política. Cuidando das pessoas. Pensando nas pessoas que mais precisam. Fazendo entregas como essa que ajudam a mudar a vida das pessoas da nossa cidade, do nosso Estado. O nosso centro vai poder atender por dia 250 crianças, vão atender todos os filhos atípicos dos servidores da Casa e as outras vagas nós vamos abrir também para a sociedade, porque isso que nos preconiza a lei. A partir de agora, do mês de dezembro, nós já vamos começar a atender e no ano que vem nós só vamos aumentar, evoluir”, afirmou o presidente da Assembleia do Amazonas.

O presidente Roberto Cidade informou que o Centro Sensorial, além de atender crianças e adolescentes neurodivergentes, também vai ofertar acolhimento aos pais e mães, que precisam de acompanhamento para melhorar o dia a dia do paciente atípico.

“Nós também vamos ter um tratamento para as nossas mães com psicólogos para dar toda a orientação para elas, porque muitas vezes uma mãe, um pai, não sabem o que fazer, precisam ter orientação, eles sofrem muito. Eu mesmo passo por isso quando estou com o Robertinho: muitas vezes não sei o que ele quer, se ele quer comer, se ele quer pular, se ele quer brincar. Enfim, mas quero dizer para vocês que é um sentimento de dever cumprido hoje. Hoje eu me encho de orgulho de poder estar fazendo história aqui na Assembleia”, declarou o deputado-presidente.

O espaço inaugurado por Roberto Cidade deixa um dos maiores legados no atendimento a pessoas TEA no Amazonas e se torna a segunda Casa Legislativa do Brasil a ofertar atendimento especializado aos pacientes com transtornos de desenvolvimento.

“A primeira a ter um centro desse é o Estado do Ceará, mas o nosso é o melhor. Eu tenho certeza de que nós só vamos evoluir, que vai ser um legado que os outros presidentes, os outros deputados não vão tirar”, disse Cidade.

O presidente agradeceu a todos os deputados que apoiaram a construção do espaço de acolhimento e ressaltou que a Assembleia do Amazonas passa a ser a mais inclusiva do país.

“Agradeço a Deus pela oportunidade, agradeço imensamente a todos os 24 deputadas e deputados, porque ninguém faz nada sozinho. Isso aqui é um braço da Assembleia, e eu tenho certeza de que a Assembleia mais inclusiva do país é a nossa, porque todos os deputados e deputadas apresentam leis que ajudam a melhorar a vida dessas pessoas que precisam ter o apoio não só da Assembleia, mas também do Executivo”, comentou Cidade, agradecendo aos diretores de Saúde, médico Arnoldo Andrade, que vai coordenar o centro, e o diretor-geral da Aleam, Wander Motta.

Participaram da inauguração mães e pais atípicos, parlamentares e familiares do médico Hamilton Cidade, homenageado com o nome do centro.

Gratidão

Emocionada, a servidora efetiva da Aleam há 14 anos, a professora de Educação Física Jeane Silva Carvalho, mãe de um menino de 8 anos com TEA e TDAH, destacou que o Centro Sensorial é uma grande oportunidade para avançar no tratamento do seu primogênito, sobretudo pela dificuldade em conseguir atendimento adequado tanto na rede particular quanto na pública.

“Estou me sentindo, como funcionária efetiva, com um orgulho muito grande, que não cabe no meu peito, em ver que a Casa olhou para esse público e vamos ter essa possibilidade de trazer o meu filho para o meu local de trabalho e ter todo esse acesso, que é maravilhoso. Sempre é muito difícil para a gente conseguir terapia, conseguir atendimento. É muita luta, só quem é mãe, pai atípico sabe a luta que a gente enfrenta. E, vendo essa maravilha, essa clínica multiprofissional, tudo de primeira, me dá assim muita, muita gratidão. Eu fico muito feliz em ver que meu filho vai ter a possibilidade de avançar, não só ele, outras crianças também vão avançar, porque sem terapia fica muito difícil tanto para a criança como para os pais”, comentou Jeane, agradecendo ao presidente Roberto Cidade pelo olhar sensível com os pacientes atípicos.

“Eu tenho muita gratidão no meu coração. Como funcionária desta Casa, estou sentindo muito orgulho em ver que o presidente (Roberto Cidade) teve esse olhar de inclusão, olhou para quem precisa”, concluiu a mãe atípica.

Estrutura

Com capacidade de atender inicialmente 250 crianças, filhos dos servidores da Aleam, na faixa etária de 1 a 14 anos, o Centro de Inclusão Sensorial conta com uma equipe de 22 profissionais, atendimento médico ambulatorial com sete consultórios, acompanhamento com nutricionistas, terapias ocupacionais, fonoaudiologia, fisioterapia, odontologia e outras especialidades voltadas à recuperação motora e ao desenvolvimento sensorial.

No local, os pacientes vão dispor de recursos terapêuticos sensoriais, como brinquedos infantis, tapetes, tatames, almofadas e itens para estimular a criatividade e simular o dia a dia, com foco no acolhimento, estímulo e desenvolvimento. Eles também contarão com o auxílio do Complexo de Esportes, Lazer e Condicionamento Físico Mestre Osvaldo Alves de Albuquerque, que ofertará atividades psicomotoras na quadra poliesportiva e na piscina aquecida.

O Centro Sensorial homenageia o ex-deputado, médico pediatra e radialista Hamilton Maia Cidade, que participou da 11ª Legislatura da ALE-AM (1987–1990).

Dados

Dados do Censo 2022 apontam que o Amazonas possui 43.983 pessoas diagnosticadas com autismo, sendo 27.636 em Manaus, o que representa 1,3% da população da capital. A maior concentração está entre crianças de 5 a 9 anos, com quase 6 mil casos registrados.

No Amazonas, os dados mostram que o diagnóstico é mais comum entre homens (1,4%) do que entre mulheres (0,8%). Em relação à cor ou raça, o percentual é maior entre pessoas brancas (1,5%), seguido por pretas (1%), enquanto o menor índice está entre indígenas (0,7%).

 

Da Redação com informações da assessoria de imprensa 

Foto: Divulgação/Roberto Cidade

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