A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), também está monitorando os possíveis impactos da estiagem sobre os rios do Amazonas e as consequências ao Polo Industrial de Manaus (PIM). De acordo com o superintendente em exercício da Suframa, Luiz Frederico Aguiar, que falou exclusivamente com o Portal O Poder, a primeira medida tomada pela autarquia, foi feita de forma conjunta com várias entidades, especialmente a Sedecti, do Serafim Correa, a Marinha, o Dnit, a Antac, o Ipaam, o Cieam e os representantes de práticos e pilotos aqui do Rio Amazonas.
“Isso ocorreu no início deste ano, em janeiro e fevereiro, com esse grupo de ação, com base no objetivo da prevenção de tratativas ligadas à dragagem da Enseada do Madeira e da região do Tabocal. Essa foi a primeira e mais importante iniciativa. A partir daí, a Suframa passou por várias reuniões com o Dnit, demonstrando a preocupação, pedindo apoio do coordenador da bancada, o senador Omar Aziz, que também solicitou ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deram uma especial atenção a este tema. E agora, no dia 19 de junho, nós tivemos a liberação da licitação da dragagem da Enseada do Madeira e da região do Tabocal, o que representa uma grande iniciativa. Esta foi a principal medida que a Suframa tomou para mitigar, reduzir os impactos da severa estiagem que nós poderemos ter este ano”, afirmou.
Em relação a Suframa ter algum balanço ou plano estratégico para ajudar as industrias a conseguir rotas alternativas para escoar seus produtos durante a estiagem, Frederico Aguiar foi enfático. “Este mesmo grupo, composto por Marinha, Dnít, Antac, Sedecti, Suframa, Ipaam, Cieam, Portos, etc., criou então um plano. O primeiro plano envolvia a batimetria do rio. E a Marinha entregou a batimetria, tanto da Enseada do Madeira, em abril, quanto do Tabocal, em maio, num tempo hábil, necessário para que a gente pudesse iniciar um processo de dragagem com segurança”, explicou.
Ele disse ainda que, esse foi o primeiro ponto e que tanto o Porto Chibatão quanto o Superterminais, providenciarão a instalação de portos flutuantes um pouco acima dessa região mais crítica, que poderá representar uma segurança maior para as mercadorias que irão passar nessa região.
“Além de que, o próprio porto de Itacoatiara poderá servir de base, numa possibilidade fluvial/rodoviária, para a gente escoar os nossos produtos daqui para o Brasil, tanto aqueles que chegam importados de outros lugares do mundo para a Amazônia. Então o plano envolveu tanto a questão da licitação do Dnit para a dragagem da Enseada do Madeira e do Tabocal, como a batimetria dessas duas regiões, que foi feita pela Marinha, e envolveu iniciativas do Dnit, de correr com a contratação para essa dragagem. O início dela (dragagem) deve acontecer já em setembro. Nós estamos muito gratos ao Dnit, ao André Martins, que tem nos auxiliado muito nisso. E, por fim, ao Ipaam, que também liberou a licença ambiental para que fosse feita a dragagem com rapidez, já em maio, e a todos os outros envolvidos. Então, essas são as iniciativas que nós tomamos e acreditamos que, com elas, vamos conseguir reduzir os impactos da seca aqui na região”, concluiu.
Augusto Costa, para O Poder
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