novembro 24, 2024 00:23

Venda para irmãos Batista é única alternativa do governo receber R$ 10 bi da Amazonas Energia

O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, negou que a medida provisória (MP) 1.232 de 2024, publicada em 13 de junho para tentar salvar a Amazonas Energia, tivesse como objetivo beneficiar a mbar Energia, do grupo J&F – que, dias antes, havia comprado termelétricas da Eletrobras.

“O retrato fidedigno da MP de agora está no site do MME desde fevereiro”, disse Silveira, em entrevista à GloboNews. “Tudo estava lá, como o reembolso da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), a definição de referenciais regulatórios de perdas não técnicas e custos operacionais e receitas irrecuperáveis. Ou seja, a publicidade da MP foi feita cinco meses antes da conclusão da negociação empresarial.”

A Amazonas Energia deixou de pagar pelos seus contratos no fim do ano passado, acumulando uma dívida de R$ 3,6 bilhões com a Eletronorte e outra de R$ 5,6 bilhões. No total, são cerca de R$ 10 bilhões em dívidas pela compra de energia fornecida pelas termelétricas.

Silveira disse que as acusações de favorecimento são “choro de perdedor” e
“especulações de mercado”, pois a venda das térmicas era um negócio “disputado por várias empresas e bancos”. O ministro também rebateu a denúncia de que executivos, da mbar teriam sido recebidos por sua pasta 7 vezes antes da edição da medida provisória.

Ou seja, a proposta dos irmãos Batista pode ser a única forma do Governo Federal reaver os R$ 10 bilhões.

 

Da Redação com informações de NeoFeed

Foto: Divulgação

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