outubro 23, 2024 03:21

Mesmo com impasse, empresas ainda se credenciam para operar na BR-319

Mesmo com uma série de dificuldades, a BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), ainda desperta o interesse de empresas rodoviárias de transporte de passageiros e cargas. As instituições estão cada vez mais se credenciando para operarem na rodovia.

Nesta quarta-feira, 16, a Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário de Passageiros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou o Termo de Autorização (TAR) autorizando a Solimões Transporte de Passageiros e Cargas Eireli para prestar de serviços de transporte rodoviário coletivo interestadual de passageiros. O TAR consta na Decisão nº 1.297, de 7 de outubro de 2024.

A empresa tem até 30 dias para iniciar a operação. O prazo pode ser prorrogado apenas uma vez.

Termo publicado no Diário Oficial da União (Foto: Reprodução)

BR-319 não é só para passeio

Alvo de disputa há anos, a BR-319 é uma opção importante de transporte para o Amazonas e conecta o Estado ao restante do país. Entretanto, há um impasse para recuperação da rodovia relacionado aos impactos ambientais e sociais e a sua viabilidade econômica.

Na estiagem severa que o Amazonas enfrenta, a rodovia tem sido um meio para o transporte de insumos e produtos fornecidos para capital e interior. Em setembro, o presidente Lula esteve no Amazonas e se comprometeu a entregar definitivamente a BR-319.

“É preciso parar com essa história de achar que a companheira Marina não quer construir a BR-319. Essa BR-319 foi construída nos anos 1970, foi abandonada por desleixo não sei de quem, ficou sem funcionar e, hoje, a rodovia tem uma parte para que funciona, uma parte para lá que funciona e no meio são 400 quilômetros que foram inutilizados”, declarou.

A citação do presidente sobre Marina Silva é referente à fala da ministra do Meio Ambiente, em 2023, na CPI das ONGs, na qual ela afirma que a estrada seria apenas para passear de carro. “Socialmente a gente até entende, agora ambientalmente e economicamente não se faz uma estrada de 400 quilômetros no meio da floresta virgem apenas para passear de carro, se não tiver ação associada a um projeto produtivo”, disse a ministra à época.

A declaração foi refutada por empresários e autoridades públicas amazonenses que alegaram o desconhecimento da ministra sobre a importância social e econômica da estrada no transporte de passageiros, escoamento de produtos e transporte de insumos essenciais para região, além de tirar o estado do isolamento rodoviário.

O Trecho do Meio, que precisa de intervenção, vai da ponte sobre o rio Jordão ao entroncamento com a BR-230.

No último dia 7, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou uma liminar que suspendia a reconstrução e asfaltamento do trecho central da BR-319. Na decisão, o desembargador Flávio Jardim afirmou que a licença prévia estabelece apenas condições para obra e não significa o seu início imediato.

 

 

Da Redação

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