O Ministério de Minas e Energia (MME) acautelou a Fundação Nacional de Povos Indígenas (Funai) para as possíveis consequências na extração de gás natural no município de Silves, no Amazonas. O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) havia recomendado a interdição imediata nas áreas com presença de indígenas.
Segundo a Funai, as indicações de que havia presença de indígenas foram confirmadas após uma inspeção na região. A usina termelétrica Jaguatirica II, localizada em Boa Vista, Roraima, depende do suprimento do Amazonas para operar. Vale ressaltar que o estoque de gás do estado é suficiente para sete dias. Se a paralisação ocorrer por um período maior, Roraima passará por um apagão.
O Parlamento Amazônico destaca que o projeto desenvolvido na região norte é estratégico e abastece cerca de 70% da energia elétrica de Roraima, possui investimento avaliado em R$6 bilhões e gera mais de 3 mil empregos. A entidade defende a continuidade das operações.
Governo faz apelo
O governador de Roraima, Antonio Denarium, se reuniu com representantes do MME para apontar os riscos de uma possível interrupção no fornecimento de gás para Roraima. Denarium afirmou que já informou ao presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre as demandas do estado.
O MME e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já avisaram do risco que a descontinuidade da exploração de gás natural no Amazonas irá gerar, com graves impactos, tanto no Amazonas como em Roraima, afirmou Denarium. O governador reforçou que a interligação ao Sistema Nacional de Energia Elétrica, por meio do Linhão de Tucuruí, é uma alternativa para garantir energia para o estado.
Da Redação
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