outubro 22, 2024 14:07

COVID-19: Pesquisa com cloroquina no AM revela redução de 13% nas mortes

Duas semanas depois de o governo iniciar pesquisa sobre o uso da substância cloroquina em pacientes internados no HPS Delphina Aziz infectados com o coronavírus, observou-se uma redução de 13% do número de mortes, se comparado com a média mundial, que é de 18%. O informe é do pesquisador e infectologista, Marcus Lacerda, da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), dado em entrevista on-line realizada na manhã desta segunda-feira, 6, ao lado do governador Wilson Lima (PSC).

De acordo com o médico, dos 81 pacientes em estado grave tratados com cloroquina, 11 morreram.

Marcus disse, no entanto, que ainda é cedo porque os números são pequenos e podem estar numa margem de confiança normal, mas que as pesquisas vão continuar. “Tivemos 13% de letalidade comparando com 18% no resto do mundo e apesar desse benefício não se tão superior, houveram benefícios e a gente vai continuar incluindo pessoas em tratamento. Esperamos em uma semana ter mais informações”, concluiu.

Ele informou que pelo menos 70 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e pessoas de laboratório estão trabalhando, há duas semanas, dentro do Delphina Aziz nesta pesquisa.

“Em duas semanas tivemos alguns primeiros resultados para a população. O processo da pesquisa não é individualizado a gente não pode fazer igual há alguns hospitais onde as pessoas usam em alguns pacientes, não usam em outro, e elas tiram conclusões. Às vezes um paciente está mais grave o outro está menos grave então é preciso que possa comparar isso de uma forma estatisticamente significante”, explicou.

O médico disse que foram testadas duas doses de cloroquina, uma dose que tem sido usada pelos americanos em outros países e uma dose que foi utilizada pelos chineses que é uma dose muito alta que foi usada no inicio da epidemia na China.

Medidas mais duras

Durante a transmissão ao vivo, Wilson Lima reforçou as medidas que o governo tem tomado, nos últimos dias, para conter o avanço da doença: suspensão dos transportes intermunicipais e interestadual,  além da utilização do Hospital Nilton Lins que está sendo preparado para atender os pacientes infectados pela doença.

Ele também reforçou a necessidade e a obrigação do isolamento social para conter o avanço da doença no Estado.

“Não há outra maneira de se combater a propagação dos vírus a não ser o isolamento social. O governo do Estado não proibiu táxis e nem o transporte coletivo, mas continua a regra para evitar aglomerações. Táxis-lotação também está suspenso em entre os municípios”, alertou.

O governador disse, ainda, que nesta manhã esteve no Hospital Nilton Lins, que vai dar suporte para atender os pacientes de Covid-19. “Aquela é uma estrutura que tem capacidade para 400 leitos clínicos, com condições de transformar esses leitos em UTI. Hoje o local vai passar por um processo de dedetização, desinfecção e esterilização, já estão testando a rede de gases. As equipes da Susam já estão entrando lá essa semana e nos próximos dez dias vamos abrir as portas do Hospital Nilton Lins”, finalizou.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Reprodução/Facebook

 

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