Dois dias após ser convidado e aceitar o convite do prefeito David Almeida, do Avante, para ser titular da Secretaria de Defesa Social, o delegado da Polícia Federal, Sérgio Fontes, afirmou ao Portal O Poder que uma das primeiras ações será começar o processo de armar a Guarda Civil para garantir a segurança. A nova pasta ainda depende da aprovação na Câmara Municipal de Manaus (CMM), que está em recesso.
Em entrevista ao O Poder, o delegado afirmou que ainda não poderia dar muitos detalhes sobre a secretaria porque ainda não assumiu a pasta e ainda está na ativa na Polícia Federal. Ela disse ainda que deve aguardar a secretaria ser aprovada para pedir o licenciamento da PF.
Fontes destacou que o objetivo da nova pasta é que as secretarias que têm relação com a segurança no município como a Guarda Civil, IMMU e Conselhos Tutelares funcionem de forma integrada para garantir a segurança dos cidadãos.
“O prefeito quer que essas instituições que fazem segurança pública como a Guarda Municipal, a Defesa Civil, funcionem de forma integrada voltada para um fim maior que é a melhoria da qualidade de vida do cidadão manauara. Esse é o grande objetivo da Secretaria de Defesa Social”, disse.
Guarda Civil
Sérgio Fontes afirmou que uma das primeiras ações será o início do processo de armamento da Guarda Civil Municipal, mas fez questão de esclarecer que, antes de se armar a guarda, é necessário capacitar para que os agentes estejam preparados para o trato com as pessoas e, que, não agirão como polícia, mas apenas em situações necessárias.
“O prefeito entende que a arma de fogo para a Guarda Municipal é uma ferramenta importante, mas uma ferramenta precisa ser utilizada com responsabilidade. A arma não vai tornar a guarda mais eficiente, mas vai possibilitar que a Guarda possa agir em situações que ela não agia antes. A Guarda não poderia, sem o armamento, fazer um enfrentamento a uma agressão a um cidadão manauara que tivesse caminhando, por exemplo, na Ponta Negra”, disse.
“Uma das nossas primeiras prioridades vai ser já começar o processo de armar a Guarda Civil, mas não entendendo que ela toda tem que ser armada, só aqueles setores que realmente precisarem porque a arma é uma ferramenta de trabalha que ela tem que ser utilizada com muita responsabilidade”, explicou.
Sobre concurso, o delegado afirmou que será necessário, mas dependerá da situação econômica do município e do entendimento do prefeito.
“O concurso eles dependem muita da situação econômica do município. Não posso dizer que vai ter concurso, mas posso dizer que precisa ter concurso, mas precisa mais ainda dar melhor condição de trabalho para aqueles membros da Guarda. O número que tem hoje é muito pequeno, são menos de 500 guardais municipais. Então, uma cidade de dois milhões e duzentos habitantes é um numero irrisório, certamente em algum momento a prefeitura vai realizar concurso para ter mais efetivo nessa guarda, mas a primeira prioridade é dar condições”, disse.
Carreira
Sérgio Fontes é delegado da Polícia Federal há quase 25 anos, foi superintendente da PF em Rondônia e, por 6 anos, dirigiu a PF no Amazonas. Foi ainda diretor da Academia Nacional da Polícia Federal, diretor de gestão pessoal na Polícia Federal do Brasil e secretário de Segurança Pública do Amazonas.
Álik Menezes, para O Poder
Foto: Divulgação/Arquivo