A morte de mais de 300 mil pessoas no Brasil causada pela pandemia do novo coronavírus, conforme divulgado nessa quarta-feira, 24, repercutiu na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) nesta quinta-feira, 25.
O presidente da Aleam, Roberto Cidade (PV), afirmou que vai apresentar requerimento de indicativo solicitando à Prefeitura de Manaus que coloque entre as prioridades de imunização contra a Covid-19 os motoristas e cobradores de ônibus. Os deputados também criticaram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por sua administração durante a pandemia.
“O Amazonas deve ser o primeiro a passar pela terceira onda e já devemos ter a maioria da população vacinada. Vou apresentar requerimento à Prefeitura de Manaus para que dê prioridade na vacinação dos cobradores e motoristas de ônibus que trabalham diariamente em contato com o público. Estamos aqui tentando colaborar com o Amazonas”, afirmou.
Críticas a Bolsonaro
Serafim Corrêa foi na esteira do colega e lamentou a morte dos 300 mil brasileiros. ”É claro que ninguém está alegre com esses dados. Mas, todos nós, independente de classe social e política, temos que dar a nossa contribuição nesse momento triste que o Brasil vive. Tivemos muitos desencontros entre os governadores, prefeitos e secretarias estaduais, e acabamos batendo no fundo do poço. Por esse caminho que percorrermos até agora, vamos ter mais problemas e a preocupação é que essa pandemia chegue a 500 mil mortos”, destacou.
O deputado afirmou, ainda, que ontem o presidente Bolsonaro aceitou a sugestão do ex-presidente Lula e criou o Comitê de Crise. “Mas nos últimos dois anos fizemos tudo errado. Brigamos com a China e a Índia. Nos intrometemos na política dos Estados Unidos e o presidente (Bolsonaro) apoiou o Donald Trump, que perdeu para o Biden. No mundo em que a economia está globalizada, todos nós precisamos uns dos outros e precisamos ter muitos lados envolvidos e fazer as coisas como devem ser feitas, não se meter em políticas externas”, criticou.
Dermilson Chagas (Podemos) também não poupou criticas ao presidente Jair Bolsonaro. “De tanto ele (Bolsonaro) dar murro em ponta de faca está ficando só. Temos uma média de mortes de 2 mil pessoas por dia e em 30 dias teremos 60 mil pessoas mortas. Acho que o presidente vai usar o caminho do Trump, perder a eleição e ir embora”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
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