Há três meses na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador de primeiro mandato Carpê Andrade (Republicanos) já fortalece sua imagem entre colegas de farda de olho em uma vaga na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nas eleições de 2022. O trabalho nas bases, segundos fontes, pode dificultar uma possível reeleição do deputado Cabo Maciel (PL) e de Alessandra Campêlo (MDB), atual titular da Secretaria de Assistência Social (Seas).
Historicamente, agentes da Polícia Militar elegem pelo menos dois deputados estaduais em cada eleição. Assim como os votos fizeram diferença para eleger Alessandra Campêlo e reeleger Cabo Maciel, também foram decisivos para consagrar vitória ao ex-deputado Platiny Soares, que não conseguiu manter proximidade com a categoria e foi derrotado quando tentou reeleição.
Visitas
Segundo fontes, Carpê tem intensificado o diálogo com amigos da PM, com visitas regulares para conseguir solidificar ainda mais essas bases de olho no próximo ano. As visitas e reuniões ocorrem semanalmente sem aviso prévio.
Tentativa frustrada
No ano passado, o deputado Cabo Maciel se aventurou numa disputa pela prefeitura de Itacoatiara, mas foi derrotado, ficando com 12.238 votos. Nos bastidores, fontes garantem que Maciel desfocou e ficou um pouco distante dos colegas policiais, o que pode prejudicar seu desempenho nos próximos meses.
Afastada da Aleam
Servidora de carreira da Polícia Civil e com passagem por secretarias, Alessandra Campêlo também conquistou votos das policiais. Atualmente, Campêlo está à frente da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas). Fontes afirmam que é uma estratégia para fortalecer à imagem do governador Wilson Lima (PSC) para uma tentativa de reeleição.
Se o povo quiser
Procurado, Carpê garantiu que nem pensa ainda em se candidatar em 2022. O vereador afirmou, no entanto, que vem desenvolvendo um trabalho para dar “vez e voz” aos policiais que estavam esquecidos. “Estamos focados no nosso trabalho na CMM, temos colocado algumas pautas para dar visibilidade aos policiais que estavam esquecidos, mas só vou ser candidato se o povo decidir”, disse.
Álik Menezes, para O Poder
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