janeiro 15, 2025 11:48

Dermilson é escolhido relator de processo que pode levar à cassação do mandato de Joana Darc

O deputado Dermilson Chagas (Podemos) foi escolhido, nesta sexta-feira, 9, pelo presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Sinésio Campos (PT), como relator da matéria que analisa a ação contra a deputada Joana Darc (PL) por ter acusado deputados de receberem R$ 200 mil para eleger Roberto Cidade (PV) presidente da Casa.

Ao portal O Poder, Sinésio Campos informou que não se manifestaria sobre o caso enquanto o relator não emitisse parecer. “Eu, como presidente, vou colocar em pauta para que possamos deliberar e, depois disso, vir à plenário”, disse ao definir Chagas como relator.

Segundo o Regimento Interno, a tramitação ordinária se submete às seguintes regras: “cinco dias, em prazo único, para relator elaborar parecer e membro de comissão apresentar emenda, a contar do dia da notificação e distribuição da matéria no colegiado”.

O processo pode levar à cassação do mandato da deputada Joana Darc (PL) por quebra de decoro parlamentar.

Batalha 

Logo que retornar da licença-maternidade, a deputada estadual Joana Darc (PL) pode enfrentar uma batalha para não perder o mandato, após acusar colegas deputados de terem recebido R$ 200 mil para eleger Roberto Cidade presidente da casa legislativa.

Indignados 

Segundo fontes na Aleam, os deputados ainda estão indignados com a atitude da líder do governo e tudo caminha para a medida mais extrema: a votação pelo afastamento da deputada, que deve ocorrer logo que a deputada retornar da licença-maternidade.

O caso 

No dia 3 de dezembro do ano passado, a deputada Joana Darc disse que Roberto Cidade estaria promovendo compra de votos e oferecendo R$ 200 mil por voto. A manifestação da deputada ocorreu logo após a Mesa Diretora da casa ter colocado em pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que antecipava, em 30 dias, a eleição para presidência da Aleam.

Dias após, no dia 9, a deputada desmentiu que tenha acusado os 16 deputados que votaram em Cidade de terem vendido voto. Ela afirmou que disse apenas que Roberto Cidade estaria propondo alguma vantagem em troca da escolha.

Provas 

A deputada Therezinha Ruiz se manifestou e disse que os deputados querem provas. “O que todos querem é que ela prove o que falou, pois foi muito grave a calúnia dita pela colega para todos nós”.

Quebra de decoro

Para o analista político e advogado, Carlos Santiago, se comprovada a falta de decoro por parte da deputada Joana Darc, “com falas e atos estabelecidos pela Constituição e pelo Regimento da Assembleia Legislativa do Estado”, ela poderá ser advertida ou ter mandato cassado.

“A prática de ofensas físicas ou morais nas dependências da Casa Legislativa ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, configura-se falta de decoro. Ainda mais se a deputada não provar que houve a compra de votos na eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado”, disse.

Santiago pontua, ainda, que a investigação deveria ser prioridade da Comissão de Ética da Aleam. “Até para saber da veracidade ou não, e depois, a Comissão tomar as medidas administrativas e judiciais cabíveis. A classe política está com uma péssima imagem e a omissão na investigação de uma denúncia só alimenta ainda mais essa péssima imagem”, concluiu.

Outro lado

Procurada, a deputada Joana Darc disse que está amamentando e que deveria ter a licença maternidade respeitada.

“Eu quero me manifestar que estou amamentando meu filho que hoje tem pouco mais de 1 mês e ele tem sido minha prioridade. Acho até que as pessoas deveriam respeitar minha licença e esse momento que estou passando”.

 

 

Álik Menezes, para O Poder 

Foto: Divulgação 

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