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Aprovada no Senado na última quinta-feira, 17, a Medida Provisória (MP) 1.031/2021, que permite a privatização da Eletrobras, repercutiu novamente nesta terça-feira, 22, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O deputado Serafim Corrêa (PSB) criticou a privatização e afirmou que existem empresas que precisam ser privatizadas, mas que esse não era o caso da Eletrobras.
“Quando a Telebras foi privatizada, só existiam telefones fixos, que eram um patrimônio, e avançamos nas telecomunicações. Mas, no caso da Eletrobras é diferente. O objetivo do governo federal é arrecadar R$ 60 bilhões, mas colocaram tantos ‘jabutis’ (emenda parlamentar que modifica um projeto de lei em discussão de forma a alterar ou distorcer seu objetivo original) que o governo, para arrecadar R$ 60 milhões vai gastar R$ 90 milhões e perder R$ 30 milhões”, alfinetou.
Na Eletrobras, de acordo com o parlamentar, existem muitos “sanguessugas”. “A solução não é matar o boi, que está cheio de carrapatos, mas tirar os carrapatos”, ilustrou.
Na esteira do colega, Sinésio Campos (PT) comparou a privatização da Eletrobras com um assalto. “É um assalto o que estão fazendo com a Eletrobras. O que presenciamos aqui, na Amazonas Energia, não é diferente com as demissões em massa e a piora do serviço. Estive em dez municípios e a grande reclamação é a queda de energia, além das dificuldades do programa Luz para Todos nos municípios”, denunciou.
Sinésio afirmou ainda que os preços da tarifa de energia estão abusivos e que vai apresentar um pedido para que a Amazonas Energia compareça à Aleam para dar explicações dos problemas de manutenção no interior. O parlamentar não descartou pedir que os deputados aprovem um pedido de CPI da Amazonas Energia.
“Não ocorrem investimentos e é o tempo de chamar a empresa aqui para explicar o que aconteceu. Destinei R$ 1,5 milhão para compra de placas de energia solar para as comunidades indígenas porque o Luz para Todos não está chegando”, cobrou.
Requerimento
Carlinhos Bessa (PV) também criticou a Amazonas Energia e relembrou que apresentou requerimento desde o ano passado, cobrando da empresa melhorias na comunidade do Caiambé, em Tefé.
“No ano passado, fiz um requerimento para que a distribuidora faça as modificações necessárias na comunidade do Caiambé. Vou aproveitar a visita da Amazonas Energia para que ela possa esclarecer. Não é obrigação de comunitários fazer limpeza de ramal onde a fiação tem 1,5 metro de altura e já ocorreram acidentes. É importante que a empresa venha a essa Casa responder. Estou aqui para cobrar a Amazonas Energia”, ressaltou.
O Portal O Poder entrou em contato com a assessoria da Amazonas Energia, mas até a publicação dessa matéria não obteve resposta.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo O Poder
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins