fevereiro 8, 2025 11:17

Quase uma semana após morte causada por linha de cerol, vereadores sugerem ‘Pipódromo’ em Manaus

Quase uma semana depois de um entregador de farmácia morrer ao ser atingido por uma linha de cerol, a discussão sobre um local apropriado para a prática de empinar pipa em Manaus voltou ao plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), na manhã desta segunda-feira, 9. Na semana passada, Marcelo Serafim (PSB) denunciou que um policial atacou com spray de pimenta levantadores de pipas na Zona Sul.

O vereador Mitoso (PTB) lembrou que já existe uma lei municipal em vigor, promulgada em 24 de abril de 2013 (Lei Promulgada nº 341), que cria um “Pipódromo” na capital amazonense. O local serviria para os adeptos do esporte brincarem de forma segura.

“Lamentavelmente, a administração da época (do ex-prefeito Arthur Neto – PSDB) não criou e nem foi adiante. Infelizmente, não é o primeiro caso. Não podemos mais brincar com vidas humanas porque a linha de cerol é perigosa para motociclista”, disse.

O parlamentar também frisou que é adepto da brincadeira e que levou o assunto para o plenário para ser discutido por meio de reuniões e audiências públicas, com os brincantes e o Poder Executivo para o “Pipódromo” sair do papel.

“É preciso usar o poder de polícia com a fiscalização para que não tenhamos mais eventos da natureza com perdas de vidas por conta de uma brincadeira que é saudável, mas irresponsável se for feita em local inapropriado”, ressaltou.

Leis Municipais 

Além da lei citada por Mitoso, está em vigência a Lei Municipal 1.698/2015 que proíbe a venda e o uso de cerol que consiste em uma mistura fatal de vidro moído com alumínio, linha chilena de óxido de alumínio e silício e qualquer elemento cortante que seja usado na prática do esporte popular de  “soltar papagaios”. O responsável pela linha irregular pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A Lei Promulgada nº 341 de 24 de abril de 2013  cria o “Pipódromo”, que deveria ser “um local próprio para pipas e papagaios que, além de lazer, ofereça educação quanto às regras de segurança e de responsabilidade ao se soltar pipas”, mas que nunca saiu do papel. Além disso, o Poder Executivo Municipal deveria redigir as regras e fazer uma ampla divulgação dos perigos e gravidade dos acidentes em decorrência da utilização das linhas de cerol.

 

Priscila Rosas, para O Poder

Foto: Divulgação 

Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins

 

 

 

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