Após oito meses que o processo de pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar da deputada Joana Darc (PL) foi protocolado na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa Amazonas (Aleam), pelos deputados Dermilson Chagas e Wilker Barreto, ambos do Podemos, o relatório sobre a admissibilidade do processo está “emperrado” e ainda não foi apresentado aos deputados.
Joana Darc está sendo notificada pela Comissão de Ética porque, em dezembro do ano passado, durante a eleição do presidente da Aleam, Roberto Cidade (PV), a parlamentar acusou 16 deputados de terem vendido seus votos por R$ 200 mil para eleger o presidente.
Fontes nos bastidores da Aleam afirmaram que a continuação do trâmite do processo da deputada Joana Darc está dividindo o parlamento. Uma parte dos deputados espera o fim do relatório por quebra de decoro e que seja apresentado no plenário. A outra parte tenta adiar pelo maior tempo possível a tramitação, para que o processo caia no esquecimento.
O deputado Dermilson Chagas afirmou nesta terça-feira, 17, que a última informação que teve da Comissão de Ética, presidida pelo deputado Sinésio Campos (PT), antes do recesso parlamentar de julho, era que o processo teria sido enviado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“O processo foi para a Comissão de Ética e o presidente mandou para a CCJ para pedir um parecer de admissibilidade. Eu acredito que logo vão tomar a decisão”, afirmou.
O Portal O Poder entrou em contato via aplicativo de mensagem com a assessoria do deputado Sinésio Campos, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo O Poder
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins