Abundante nas águas dos rios da Amazônia e um dos peixes mais apreciados na culinária e na pesca esportiva, o Tucunaré Açu (cichla temensis) pode ser reconhecido como patrimônio imaterial do Amazonas, conforme prevê o Projeto de Lei nº 509/2021, em tramitação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A matéria é de autoria do deputado Fausto Júnior (MDB).
Conforme o artigo 1º da proposta, fica reconhecido o Tucunaré Açu (cichla temensis) como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial nos termos do artigo 206 da Constituição do Estado do Amazonas.
O deputado Fausto Júnior, em sua justificativa, afirmou que o reconhecimento da espécie como patrimônio imaterial do Estado firma-se em três pilares: cultura, economia e sustentabilidade. Além disso, o Tucunaré Açu é considerado uma das melhores espécies para a prática da pesca esportiva por possuir diversas particularidades.
“Trata-se de uma espécie de escamas com um corpo alongado e fino, cabeça grande e uma mandíbula protuberante, sendo característico por sua variação no padrão de cor. Atualmente, são conhecidas, aproximadamente, 15 espécies de tucunaré: vazzoleri, pinima, temensis, entre outros. No entanto, um dos mais procurados pelos pescadores é o tucunaré-açu, conhecido popularmente como “peixe troféu”, chegando a alcançar um metro de comprimento e quase 13 quilos. O Amazonas é um dos destinos mais procurados do país quando o assunto é o esporte da pesca. O interesse pela modalidade esportiva movimenta o turismo local e, anualmente, movimenta cerca de R$ 300 milhões”, ressaltou.
Pesca esportiva
No Amazonas, em especial, nos municípios de Barcelos (a 399 quilômetros de Manaus), Santa Isabel do Rio Negro (a 630 quilômetros de Manaus), Autazes (a 113 quilômetros de Manaus) e Novo Airão (a 115 quilômetros de Manaus), o Tucunaré Açu tem grande relevância para o turismo da pesca esportiva.
“Atualmente, verifica-se um crescimento elevado nesta prática esportiva, alavancando sobremaneira o segmento econômico, onde de forma sustentável valoriza a cultura do nosso estado”, justificou Fausto Júnior.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Divulgação
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins