novembro 17, 2024 22:39

Funcionários públicos poderão se ausentar do trabalho para realização de exames médicos

Um Projeto de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) determina que ficam abonadas as faltas ao trabalho de servidores, funcionários e empregados públicos estaduais, da administração direta, indireta, autárquica e fundacional, para a realização anual do exame de cólon e reto.

A matéria é de autoria do deputado Carlinhos Bessa (PV), que afirmou, em sua justificativa, que busca incentivar os servidores e funcionários do Estado do Amazonas a realizarem, anualmente, o exame de cólon e reto. O parlamentar disse que, segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, a proteção à saúde da população é direito de todos e dever do Estado.

“O câncer de cólon e reto abrange tumores na parte do intestino grosso, que é chamada de cólon, no reto e no ânus. Ele pode atingir homens, geralmente por volta dos 50 anos de idade. Costuma se desenvolver de forma lenta e, se descoberto em estágio inicial, tem altas chances de cura. O câncer pode crescer, comprimindo e invadindo órgãos sadios à sua volta. Além disso, as células cancerosas podem se desprender e se espalhar por meio da corrente sanguínea e/ou vasos linfáticos”, explicou.

A matéria deve entrar em votação a partir de fevereiro do ano que vem, quando os deputados retornam do recesso.

Incidência

O câncer de intestino é o segundo tumor cancerígeno que mais mata homens e mulheres no Brasil e acomete pacientes com mais de 45 anos ou pessoas que tenham casos na família. No país, a doença atinge mais de 40 mil pessoas por ano. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para o Amazonas 230 casos novos por ano em 2021, sendo 120 em homens e 110 em mulheres.

Tecnologia

As  novas tecnologias, como aparelhos de endoscopia que permitem a identificação e o tratamento de lesões, de forma segura e eficaz, têm contribuído muito para o tratamento da doença.

Doença

O câncer de intestino também é chamado de câncer colorretal (cólon e reto), e grande parte desses tumores inicia a partir de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

Fatores de risco

A retocolite ulcerativa – inflamação do intestino que causa cólicas e diarreia – é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal, assim como a doença de Crohn – inflamação crônica que afeta todo o sistema digestivo, que compromete todas as camadas da parede intestinal.

Em geral, as causas também estão ligadas à prática de hábitos não saudáveis como sedentarismo; excesso de alimentos industrializados, principalmente carnes processadas que possuem alto teor de gordura; tabagismo e alcoolismo; e pouca ingestão de alimentos ricos em fibras.

Diagnóstico 

A identificação é feita por meio da colonoscopia, retossigmoidoscopia – exame minimamente invasivo que analisa todo sistema colorretal –, exame de toque retal e pesquisa de sangue nas fezes.

Sintomas

Os principais sintomas são presença de sangue nas fezes, dor e cólica na barriga, sensação de que o intestino não é completamente esvaziado, perda de peso rápida e não intencional, anemia, cansaço e fraqueza.

Tratamento

O tratamento pode ser endoscópico com a remoção do tumor por meio da colonoscopia ou, nos casos mais avançados, pode ser necessário cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins

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